Lição 3 – As Sete Estrelas e os Sete Castiçais
“O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas” (Apocalipse 1.20)
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O NÚMERO SETE
2. AS CARTAS ENVIADAS POR JESUS
3. ÉFESO, ESMIRNA, PÉRGAMO E TIATIRA
4. SARDES, FILADÉLFIA E LAODICEIA
OBJETIVOS
APRESENTAR o significado das sete estrelas e dos sete castiçais;
PROPORCIONAR uma visão panorâmica das sete igrejas da Ásia;
EXPLICAR as cartas para Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia.
A Paz do Senhor, querido(a) professor(a)! Você está preparado(a) para dar seguimento ao estudo de Apocalipse? Nossa próxima aula será de grande importância, pois ensinaremos aos Juvenis acerca das Cartas enviadas por Cristo às Sete Igrejas, as quais tanto tem a ensinar, corrigir e edificar cada um de nós. Por isso, como sempre frisamos, revista-se não apenas sob o ponto de vista técnico e teórico.
Sabemos que antecedendo à aula, precisamos estar muito bem-preparados teologicamente, sobretudo se tratando de Apocalipse; é extremamente importante. Assim como se manter atualizado quanto ao universo de seus Juvenis, utilizando ferramentas didáticas e pedagógicas, que tanto cooperam para um aprendizado efetivo.
Trabalhamos com muita oração, estudo, pesquisa e dedicação para muni-lo de todas essas ferramentas através da sua revista. Contudo, acima de tudo isso, esteja sempre em oração, clamando pela vida de seus alunos, para que a Palavra explicada por você frutifique em seus corações. Esteja atento(a) à voz do Espírito Santo e coloque-se como seu paciente primeiro, antes de tratar as mazelas espirituais dos demais em sua classe.
A fim de cooperar ainda mais com o seu preparo, deixamos aqui em destaque o trecho de duas ricas obras sobre este tema: As Sete Igrejas do Apocalipse e o Comentário Bíblico Apocalipse, de Stanley Horton.
O Cenário da igreja de Éfeso
“Uma viagem à velha Éfeso era como ir hoje a Nova Iorque ou Los Angeles. Era uma próspera metrópole, a mais proeminente cidade da Ásia Menor. Localizada no Rio Caster, a três milhas do Mar Egeu, Éfeso era o maior centro comercial da Ásia. Aí, embarcavam-se as mercadorias através do Mediterrâneo, subindo o Caster, onde eram distribuídas ao mundo todo.
Éfeso ficava na encruzilhada do mundo. Aqui, entrelaçavam-se quatro grandes estradas, trazendo negociantes e mercadores das mais importantes províncias romanas. Os efésios, por isso, eram mui avançados culturalmente. Eram cosmopolitas nas artes, dramas e urbanização. Era uma cidade livre. Por sua lealdade a Roma, estava autorizada a ter governo próprio. Nela, não havia guarnição romana. Nenhuma opressão pairava sobre a cidade. Era imune à influência e à tirania romanas.
Éfeso era também o centro do paganismo. Uma das sete maravilhas do velho mundo está ali — o templo de Diana. No templo, criminosos achavam asilo. Com suas prostitutas, eunucos, dançarinas e cantores, era o esgoto da iniquidade. Mas no meio dessa cidade, Deus plantara uma próspera igreja. É melhor desempenhar uma missão nas portas do inferno do que pregar ao coral dos anjos. Deus sempre constrói sua Igreja onde as circunstâncias parecem menos favoráveis. Esta é a graça de Deus.
O Remetente
Para esta igreja, localizada em meio à tamanha idolatria e imoralidade, Jesus identifica-se da seguinte maneira: ‘Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:…’ (Ap 2.1).
O Remetente não é nominado. Mas, obviamente, trata-se de Jesus Cristo. Ele é o mesmo que se revelara a João na estrondosa visão de Patmos. É o próprio Senhor ditando e elaborando a carta.
Jesus dirige a carta ao anjo da igreja. A palavra anjo significa mensageiro. Refere-se ao que tem como ministério primordial levar a mensagem à congregação. Hoje, o chamaríamos de pastor ou ancião. É através dele que esta mensagem é trazida à igreja.” (LAWSON, S. J. As Setes Igrejas do Apocalipse. O Alerta Final para o seu povo. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.79-80).
O Cenário da igreja de Laodiceia
“Laodiceia era um rico centro de comércio. A prosperidade era a causa da mornidão daquela igreja. Eles haviam se tornado ricos e cheios de bens materiais. Com o dinheiro que já tinham, multiplicavam ainda mais suas posses. Estavam, agora, tão envolvidos com a vida material que eram induzidos a negligenciar a espiritual (Mt 13.22).
Esta igreja não havia sofrido nenhuma perseguição. Não havia sido invadida pelas falsas doutrinas nem pelos falsos apóstolos. Para as outras igrejas, sua situação era excelente, ideal. Os cristãos de Laodiceia haviam se tornado tão satisfeitos e eufóricos com as coisas que o dinheiro pode comprar, que foram levados a perder o desejo pelas coisas de Deus. Infelizmente, não haviam aprendido ainda a ‘viver em prosperidade’ (Fp 4.12) Como resultado, sua satisfação era falsa por ignorarem as coisas de Deus” (HORTON, S. M. Comentário Bíblico de Apocalipse. As coisas que brevemente devem acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.57-58).
O Senhor Jesus abençoe você e a sua classe. Ótima aula!