Lição 13 – A Cidade Celestial
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O PARAÍSO ETERNO
II – O ETERNO E PERFEITO ESTADO
III – O ESTADO FINAL DE TODOS OS SANTOS
CONCLUSÃO
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Conceituar o Paraíso;
2. Explicar a eternidade como doutrina bíblica e como descrita no Livro de Apocalipse;
3. Conscientizar a respeito do estado final de todos os santos.
O destino final da jornada do peregrino que vive neste mundo é o Céu de glória. Paulo esclarece que o nosso alvo é a Cidade Celestial, por isso disse: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20, ARA). Ao falarmos sobre a Cidade Celestial, abordamos um tema que se firma por meio da revelação de Apocalipse 21, no qual se trata da Nova Jerusalém, que é descrita como a cidade do destino e morada de todos os crentes que viveram neste mundo com os olhos firmados em Cristo e suas promessas, como Ele mesmo falou: “[…] vou preparar-vos lugar” (Jo 14.1,2).
Quando Jesus voltar, nessa sua Segunda Vinda, Ele nos levará para a nossa Cidade Celestial e ali estaremos para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17).
Suportar as aflições e provações neste mundo vale a pena para o cristão, pois não se comparará com o peso de glória que haveremos de receber (Rm 8.18). O salvo em Cristo deve procurar obedecer à Palavra de Deus e andar em santidade, porque ao chegar à nova Cidade Celestial desfrutará de um novo estado, uma terra transformada pelo poder de Deus, e viverá juntamente com Ele (Ap 21.3). Isso fala de uma comunhão ininterrupta, em que o crente não estará mais sujeito às lutas e sofrimentos, pois lá não haverá morte e todas as nossas lágrimas serão enxugadas. Isso nos revela que a Cidade Celestial é um estado perfeito.
Essa Cidade Celestial é descrita por João com uma beleza sem igual. Nela, Jesus será a grande luz, de modo que não precisará nem do Sol e nem da Lua, pois para sempre Deus estará nela e conosco. Lá, a cura do corpo e da alma será completa, razão por que se fala da árvore da vida. Na Cidade Celestial, viveremos para sempre sem qualquer pecado, pois nela não entrará coisa imunda (Ap 21.15); ela é santa e dos santos.
Portanto, são todas essas grandiosas bênçãos que os salvos em Cristo desfrutarão quando chegarem à Cidade Celestial. Desde agora podemos antever tudo isso pelos olhos da fé e ver o quanto será maravilhoso quando atravessarmos o Jordão e entrarmos no Céu, grande gozo sentirão os redimidos. Na verdade, podemos asseverar que, ao lermos o Livro do Apocalipse, ainda que tenha seus aspectos simbólicos e poéticos, o que gera diversas interpretações hermenêuticas, somos conscientes de que tudo se tornará realidade, pois foi o que Cristo nos prometeu (Mt 8.11).
I – PARAÍSO ETERNO
1. O que é o Paraíso?
O salvo em Cristo, que vive a nova vida firmada nEle, tem uma nova esperança em relação ao futuro, de modo que vive neste mundo olhando para as alturas, aguardando o retorno de Cristo para habitar no Paraíso eterno. No hebraico temos a palavra Gan Eden, ela quer dizer Jardim do Éden. Estando também associada ao termo Paraíso, era o lugar perfeito que Deus havia criado para que Adão e Eva habitassem antes de pecarem.
No grego do Novo Testamento, a palavra paraíso foi mencionada por Jesus, Paulo e João (Lc 23.43; 2 Co 12.4; Ap 2.7). Trata-se de um substantivo masculino, paradeisos, sendo de origem oriental, falando de parque, reserva, jardim fechado, bosque, mas que no grego carrega os seguintes significados: 1) entre os persas, um grande cercado ou reserva, região de caça, parque, sombreado e bem irrigado, no qual os animais silvestres eram mantidos para a caça; era fechado por muros e guarnecido com torres para os caçadores; 2) jardim, parque de recreação, bosque, parque; 3) parte do Hades que os judeus tardios pensavam ser a habitação das almas dos piedosos até a ressurreição: alguns entendiam ser este o Paraíso celeste; 4) as regiões superiores dos Céus.
Compreendemos que, no que tange à palavra Paraíso, no aspecto bíblico e teológico, ambos os termos aludem ao estado de perfeição, prazer, isso porque se trata de um lugar em que não haverá sofrimento. O Paraíso, teologicamente, é considerado como estado de bênção e comunhão com Deus depois da morte do salvo (Lc 23.43), passando a habitar na presença de Deus. O Paraíso pode ser descrito como Reino de Deus; nesse sentido, o que se compreende é que nele se concretiza um estado restaurado de todas as coisas, cumprindo-se nele os propósitos divinos, resultando na expressão de novo Céu e nova terra. É descrito ainda como um estado de paz, alegria e felicidade, um termo usado para descrever a realidade espiritual no futuro, que todo salvo almeja. Essa futura realidade transcende a todas as imaginações e perspectivas humanas. No aspecto espiritual, o Paraíso é destinado para aqueles que vivem neste mundo uma vida santa e justa para com Deus, alinhado com os ditames bíblicos da Palavra santa do Senhor.
2. O que é a Cidade Eterna?
Anteriormente mencionamos a expressão Cidade Celestial, a qual está intimamente relacionada à Cidade Eterna. Ela é a Nova Jerusalém mencionada por João em Apocalipse. É nessa cidade eterna que todos os salvos redimidos irão morar quando Jesus vier buscar o seu povo. Essa cidade, à luz de Apocalipse 21, será glorificada, por isso se diz que descerá do Céu. Ela é descrita como maravilhosa e bela, isto é, cheia de glória. Ao fazer menção sobre sua beleza, o autor faz uso de palavras buscando exprimir sua realidade aos mortais, razão pela qual menciona ruas de ouro puro, muralhas de jaspe, adornada de pedras preciosas e de muitas pérolas.
Já mencionamos que nessa cidade não haverá necessidade de luz do Sol ou da Lua, pois o Cordeiro será a sua lâmpada e a glória de Deus iluminará. Tais expressões são usadas para deixar claro que nessa cidade não haverá qualquer resquício de escuridão espiritual, pois a luz divina é maior, Jesus Cristo iluminará eternamente. A Cidade Eterna é um lugar de paz, gozo, alegria, pois jamais a dor, sofrimento e morte estarão ali presentes. Pela expressão árvore da vida, se esclarece que a vida ali já está totalmente restaurada e curada.
Ao fazer menção aos doze portões da Cidade Eterna, cada um deles nomeando as doze tribos de Israel, João expressa, em seu aspecto simbólico, que por causa do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário, os santos terão acesso a ela (Ap 22.14). Devemos sempre procurar ler e meditar no livro do Apocalipse, pois, ainda que seja um livro poético e simbólico, cremos que seu cumprimento será totalmente literal. Ele nos mostra que a realidade espiritual que há de ser revelada transcende a tudo que possamos imaginar, o que o mortal sem a mente de Cristo jamais compreenderá (2 Co 12.3). Isso está presente nesse último livro para nos inspirar e encorajar a seguir nossa jornada sem temer, pois grandes coisas maravilhosas nos aguardam no futuro. Era a esperança nessa cidade espiritual que estimulava os crentes da Antiga Aliança (Hb 11.14,16), como também os santos da Nova Aliança (Fp 3.20).
Texto extraído da obra “A Carreira que Nos Está Proposta”, editada pela CPAD.