Lição 9 – Resistindo à tentação no caminho
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A TENTAÇÃO E A SUA ESFERA HUMANA
II – O SENHOR JESUS E A TENTAÇÃO
III – RESISTINDO À TENTAÇÃO
CONCLUSÃO
A presente lição apresenta três objetivos para os professores:
1. Conceituar biblicamente o que é tentação e os seus aspectos na esfera humana;
2. Mostrar como o nosso Senhor Jesus lidou com a tentação;
3. Apontar a estratégia para o crente resistir à tentação.
Na lição deste domingo, veremos que a tentação está sempre à nossa porta, desafiando-nos a abandonar a fé em Cristo. Devemos resisti-la com a ajuda do Espírito Santo, nos posicionando contra o pecado e praticando a Palavra de Deus. Para isso, precisamos estudá-la sistematicamente.
A respeito da tentação, estudada nesta lição, o pastor Osiel Gomes, comentarista das Lições Bíblicas Adultos, adverte-nos:
“Há uma tônica veemente nas Sagradas Escrituras no tocante à tentação; somos lembrados e alertados a vigiar para resistir a ela. Por meio da Bíblia, temos as orientações precisas que nos ajudam na nossa jornada de fé em santidade e piedade todos os dias (Lc 1.75). O apóstolo Paulo nos lembra de que Deus é fiel e não nos deixará provar além das nossas forças, mas, juntamente com a tentação, proverá livramento (1 Co 10.13).
Nosso Senhor Jesus advertiu que é preciso vigiar e orar para que não venhamos a entrar em tentação, pois o espírito sempre está pronto, mas a carne é fraca (Mt 26.41). Há dispositivos espirituais que nos são outorgados por Deus para fazermos uso deles e vencermos todas as tentações vindas do nosso adversário, Satanás. O primeiro deles é andarmos no Espírito, assim não cumpriremos as concupiscências da carne (Gl 5.16). O segundo é nos revestirmos de toda armadura de Deus para ficarmos firmes contra as ciladas do Maligno (Ef 6.11). O terceiro é sempre estar sóbrio e vigiar, pois o Inimigo está à nossa volta querendo nos tragar (1 Pe 5.8). O quarto é que precisamos sempre nos sujeitarmos a Deus e resistir ao Diabo, assim ele fugirá (Tg 4.7). O quinto é guardar com reverência a Palavra no coração, desse modo o cristão não pecará (Sl 119.11).
Ainda que corramos o perigo de cedermos às tentações, somos conscientizados pela Palavra de como podemos depender de Deus e do Seu Espírito Santo para que a nossa jornada de fé esteja sempre marcada pela submissão a Deus e à Sua vontade, a um viver santo, não cedendo ao que é errado, aos desejos pecaminosos da carne. Quer essa tentação seja da parte interna, concupiscência da carne, ou então do lado externo, o mundo e o Diabo, estaremos preparados para resistir e ficarmos firmes.”
A respeito da Tentação como um fenômeno humano, o comentarista esclarece-nos:
“Tanto bíblica como teologicamente, a tentação é um fenômeno humano porque desde o momento em que o homem pecou, passou a ter a natureza pecaminosa em seu ser, pendendo sempre para os desejos carnais (Rm 8.8). Atrelado a isto está a questão do livre arbítrio, desde quando foi criado, Deus já lhe concedeu essa capacidade de fazer escolhas (Gn 2.16,17). Esse livre arbítrio é visto como um dom de Deus aos homens, assim, os homens possuem a capacidade de fazer escolhas, quer para o bem ou para o mal, o que envolve um aspecto moral. Alguns teólogos entendem que, com a queda, trazendo a natureza caída, o livre arbítrio não foi atingido de modo direto, mas que devido à natureza pecaminosa, poderá sofrer influência dela.
Compreendemos por meio do apóstolo Tiago que a tentação é um fenômeno totalmente humano (Tg 1.13,14). Podemos notar que Deus jamais é visto como sendo a fonte da tentação negativa, isto é, incitando para o mal. Ela é resultado da natureza pecaminosa que todo ser humano tem, inclinando-se sempre para os desejos pecaminosos, os quais estão no interior de cada um de nós. Assim, a tentação ocorre de dentro de nós mesmos por causa de nossa fraqueza humana. […]
Tiago deixa claro que, além de ser um fenômeno humano, a tentação tem seus processos (Tg 1.15), gerando por fim as consequências espirituais negativas, pois é ela que leva ao pecado, e depois do pecado vem a morte. A tentação, conforme já dito, é vista como humana pelo fato de termos a natureza pecaminosa, mas temos de Deus os recursos imprescindíveis que nos ajudam a vencê-la.
Há que se dizer ainda que a tentação na vida do cristão pode tratar-se de uma luta espiritual, na qual ele tem que decidir entre fazer a vontade de Deus ou do Diabo, da carne ou do espírito. Caso opte por fazer o certo, isto é, a vontade de Deus, prova que sua vida de fé e comunhão com Ele está bem firmada; por outro lado, se escolher o Inimigo, mostra o quanto está fraco.
Um cristão que suporta as tentações prova que tem crescimento espiritual, que em sua vida está o Espírito de Deus, que o capacita a ter força, equilíbrio, controle, sabedoria e vida moral ordenada, pois faz sempre a melhor decisão: servir a Deus em espírito e em verdade. Assim, cada vez que a nossa fé for provada, temos a oportunidade de vencer ou perder, de revelar de fato o que somos.”
(GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.)