Lição 8 – A Disciplina na Igreja
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A NECESSIDADE DA DISCIPLINA BÍBLICA.
II – O PROPÓSITO DA DISCIPLINA BÍBLICA.
III – AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA.
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Mostrar a necessidade de disciplina na igreja;
2. Destacar que a disciplina tem como propósito preservar a honra cristã e repelir a prática do pecado;
3. Apresentar as diferentes formas de disciplina elencadas na Bíblia.
Amigo(a) professor(a), a Paz do Senhor.
Nesta lição, veremos que a Igreja foi instruída a adotar a disciplina como medida para preservar sua identidade cristã, bem como manter-se como coluna e firmeza da verdade (1 Tm 3.15). A disciplina faz-se necessária na igreja haja vista o seu caráter santo. Deus chamou o seu povo a viver em santidade porque Ele mesmo tem em si a santidade como uma das suas principais qualidades (1 Pe 1.15, 16). Entende-se por santidade a separação completa do pecado. E, por não aceitar o pecado, Deus inseriu a disciplina entre o seu povo tanto no Antigo quanto no Novo Testamento para manter a honra à sua Palavra e frear o comportamento pecaminoso.
A disciplina bíblica é caracterizada como instrumento de correção (Hb 12.5-11). Muitas vezes, o pecado na Antiga Aliança foi punido para servir de exemplo a fim de que não se tornasse um comportamento contumaz. Na Nova Aliança, o Senhor também não tolerou a prática pecaminosa a fim de manter a sua igreja pura, santa e justa. Na ocasião em que o apóstolo Paulo orienta aos coríntios a não tolerarem o pecado e invoca a exclusão daquele que permanecia na prática pecaminosa, apóstolo Paulo não estava incentivando a completa destruição do pecador, e sim preservando a igreja de ser incoerente com a ética bíblica. Aos crentes, cabe a responsabilidade de não apenas crer, mas, também, viver aquilo que se afirma crer.
De acordo com Eurico Bergstén, na obra Teologia Sistemática (CPAD, 1999), “Quando outras medidas não surtirem efeito, então resta somente o último recurso: a exclusão da igreja. O faltoso é, então, separado da comunhão com a igreja, isto é, não é mais considerado membro, mas ‘como um gentio e publicano’ (cf. Mt 18.17). A Bíblia diz que devemos julgar os que estão de dentro da igreja (cf. 1 Co 5.12). Quando a Bíblia se expressa sobre a disciplina, dizendo que o faltoso seja ‘entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus’ (1 Co 5.5), fala simplesmente sobre a realidade que está acontecendo com a exclusão. O faltoso, tentado pelo Diabo, escolheu o pecado, rejeitando assim a Jesus. Através da exclusão, a igreja somente executa visivelmente aquilo que ele já interiormente fez quando separou-se de Cristo. Fica ele, agora, separado do Corpo de Cristo, lugar protegido contra Satanás pelos muros da salvação. Que tristeza!” (p. 236).
Assim sendo, a disciplina trata-se de um instrumento de proteção para a igreja, e não um excesso de rigor como alguns costumam rotular os cristãos. Deus deseja que o pecador se arrependa e viva, mas aborrece e rejeita qualquer prática pecaminosa que venha contaminar a comunhão e santidade entre os crentes. Que Deus ajude a sua igreja a manter-se pura para o Dia da Vinda do Senhor!
(Artigo extraído da revista Ensinador Cristão, editada pela CPAD, edição 96, p. 40).