Lição 13 – O Propósito de Missões
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O ALVO DA OBRA MISSIONÁRIA
II – PREGAR O EVANGELHO: A RESPONSABILIDADE DE TODO CRISTÃO
CONCLUSÃO
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Apontar o alvo da obra missionária;
2. Conscientizar que cada cristão é responsável por missão;
Qual é a nossa disposição?
Você sabia que a vinda do Senhor Jesus tem a ver com a execução desta ordenança: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mt 24.14)? O fim virá somente depois que o “evangelho do Reino” for devidamente pregado em todo o mundo. O “evangelho do Reino” é o evangelho pregado no poder e na justiça do Espírito Santo e acompanhado dos sinais principais do evangelho. O dever de cada crente é ser fiel e alcançar “todo o mundo” até que o Senhor Jesus volte para levar a sua Igreja ao Céu (Jo 14.3; 1 Ts 4.13).
À luz dessa grande urgência evangélica, o que temos feito em prol do Reino de Deus (Ec 9.10; 2 Co 5.10; Ap 22.12)? Temos formado obreiros suficientes para cumprir a Grande Comissão? E os jovens crentes? Eles enxergam a grande urgência desse trabalho (Jo 4.35)? Estamos prontos a dar a vida por essa grande obra (At 20.24)? A principal preocupação de Paulo não era preservar a própria vida. O mais importante para ele era cumprir o ministério para o qual Deus havia-o chamado. Seja qual fosse o fim em vista, mesmo em se tratando do sacrifício da sua vida, ele, com alegria, iria até o fim da sua carreira com esta confiança: “[…] Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Fp 1.20).
Essas perguntas contribuem para atestarmos uma grande realidade, ou seja, se a igreja não atender ao apelo divino da Grande Comissão, se houver omissão por parte dos seus líderes, se os crentes não se dispuserem a ir ao campo e se o mundo não receber o evangelho nesta dispensação da graça, haverá um duro juízo contra os negligentes:
Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Porém, se aquele mau servo disser consigo: O meu senhor tarde virá, e começar a espancar os seus conservos, e a comer, e a beber com os bêbados, virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera e à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes. (Mt 24.45-51)
Veja também o que nos ensina Jesus em Mateus 25.14-30 sobre a Parábola dos Dez Talentos. Já no Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento, (CPAD), encontramos a seguinte narrativa:
Jesus continua falando sobre a demora de sua Segunda vinda e a necessidade de fazer sua vontade. O paralelo de Lucas registra especificamente a razão de Jesus ter contado a parábola: “[As pessoas] cuidavam que logo se havia de manifestar o Reino de Deus” (Lc 19.11). Na versão de Lucas é um nobre que parte de viagem para tomar a posse de um reino (Lc 19.11-27). A inspiração para esta parábola pode ter surgido quando Arquelau, filho de Herodes, o Grande, foi para Roma receber o reino de Judá. A palavra grega talanton, usada somente por Mateus, é uma moeda de alto valor, dependendo do metal do qual é feito (em contraste com a palavra mna que Lucas usa, a qual tinha consideravelmente menor valor Lc 19.13). Em certo ponto um talento era igual a seis mil denários, sendo o valor de um denário o salário de um dia para os trabalhadores (veja Mt 18.23-28). (Em nosso idioma usamos a palavra talento para nos referirmos à habilidade que a pessoa tenha, sentido esse proveniente desta parábola). Emprestar dinheiro para ganhar juros e enterrar tesouros de moedas eram práticas comuns nessa época.
Quando o nobre volta, cada servo trata de “Senhor” (kyrie). Para os leitores de Mateus conotava a divindade de Jesus. Embora todos o chamem de Senhor, nem todos são servos fiéis. Todo aquele que trabalha fielmente nos negócios do Reino é aprovado e convidado a “entra[r] no gozo do teu senhor” (Mt 25.21,223). O servo infiel afirma que sua inação é resultado de medo do senhor, que teria ficado bravo se o servo tivesse investido o dinheiro num empreendimento improdutivo. Em vez de arriscar a perder, ele enterra o tesouro como garantia (cf. Mt 13.44). Mas ele se condena com as próprias palavras. O Senhor o chama de “mau e negligente servo” (Mt 25.26). Fazer o trabalho do Reino obtém abundância na consumação do tempo do fim, ao mesmo tempo que a negligência (ou a preguiça) é recompensada com a danação eterna (veja comentários sobre Mt 24.51). Jesus ensinou que a prática da justiça e do perdão gracioso de Deus são indispensáveis para a salvação última.
“Pois me é imposta essa obrigação”
O apóstolo Paulo via a responsabilidade de pregar o evangelho como uma obrigação imposta a ele (1 Co 9.16). Ele não escolheu pregar o evangelho, mas deve fazê-lo conforme o chamado divino no momento da sua conversão a caminho de Damasco (At 9.6,15; 22.21). Por essa razão, ele tinha a consciência de não pretender nenhum mérito particular por pregar o evangelho. Ninguém merece crédito em fazer a sua obrigação.
“Ele havia sido um ‘vaso escolhido’ para levar o nome de Cristo ‘diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel’ (At 9.15) e havia sido separado pelo Espírito Santo para esse trabalho especial (At 13.2). Portanto seria impossível fazer outra coisa, a não ser pregar o evangelho, sem se rebelar diretamente contra Deus (Rm 1.14; Gl 1.15). Pregar era a própria vida de Paulo, e ele ‘não podia parar de fazê-lo, da mesma forma como não podia parar de respirar’. A palavra imposta significa ‘fortemente impulsionado’. Assim, pregar era uma ‘função que ele foi forçado a executar’.” (Comentário Bíblico Beacon – Romanos e 1 e 2 Coríntios, volume 8, CPAD.)
A expressão “ai de mim se não pregar o evangelho” tem dois sentidos claros: 1º) a obrigação; 2º) a punição. O apóstolo estava consciente de que pregar o evangelho é uma obrigação que incide privilégio, pois é a partir do que Cristo fez por nós. Nesse sentido, é um ato de obediência a Deus. Essa obrigação também pesa sobre todas as pessoas que tiveram experiências do poder do evangelho na vida. Todos nós sabemos que nem todos os crentes foram chamados para o ministério, como foi com o apóstolo Paulo; entretanto, nenhum de nós está isento do dever de tornar conhecida a graça salvadora oferecida por Deus a todas as pessoas.
Texto extraído da obra, “ATÉ OS CONFINS DA TERRA”, livro de apoio ao 3º trimestre, publicado pela CPAD.