Lição 1 – As Sutilezas de Satanás contra a Igreja de Cristo
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A IGREJA SOB ATAQUE
II – A NATUREZA DO ATAQUE
III – AS ESFERAS DO ATAQUE
IV – A IGREJA PROTEGIDA
CONCLUSÃO
Esta primeira lição tem quatro objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Mostrar que a Igreja está sob ataque de Satanás;
2. Descrever a natureza do ataque;
3. Elencar as esferas do ataque;
4. Pontuar os instrumentos de proteção da Igreja
Qual é a natureza do ataque contra a Igreja de Cristo? Para descrever a natureza desse ataque, leve em conta este fragmento textual da obra “Os Ataques contra a Igreja de Cristo”, escrito pelo pastor José Gonçalves:
Neste livro mostraremos as esferas nas quais o ataque à fé cristã tem se concentrado. De uma forma geral, podemos dizer que esse ataque engloba as esferas sociopolítica, ético-moral e espiritual. Nesse aspecto, veremos que o Estado e, consequentemente, as instituições que o representam servem de escudo para aqueles que não apenas se opõem aos valores cristãos, mas querem a todo custo ver a fé cristã desconstruída. Por outro lado, como já sublinhamos, o ataque à igreja também acontece do lado de dentro. Na verdade, essa, a meu ver, é a mais letal forma de ataque que o Adversário promove contra a igreja. Isso por uma razão bem simples — líderes cristãos fracos, que não têm convicção de suas crenças, tornam-se não apenas presas do Inimigo, mas, sobretudo, instrumentos de propagação de seus erros. Isso acontece quando os líderes cristãos doutrinados se rendem à cultura desse mundo, aceitando passivamente aquilo que o espírito dessa época ditou como sendo a sua verdade.
Isso pode ser visto, por exemplo, nos recentes episódios envolvendo grandes líderes e estrelas do mundo gospel. Pregadores famosos têm se levantado para contestar o modelo ortodoxo da fé cristã e em seu lugar colocar outro evangelho que se adeque às suas crenças e convicções. Nesse aspecto, vemos a graça sendo não apenas barateada, mas, sobretudo, banalizada. Dessa forma, práticas que anteriormente eram vistas como pecaminosas ou inadequadas para o líder cristão, tais como o adultério e o divórcio, são cada vez mais aceitas sem maiores contestações. Não é incomum vermos grandes líderes envolvidos em escândalos sexuais e, da mesma forma, trocando suas esposas por outras mais jovens.
Assim, também, ainda dentro desse mesmo contexto, vemos pastores afirmando que a Bíblia é um livro que precisa ser atualizado para se ajustar às recentes conquistas sociais. A Bíblia deixa de ser a inspirada Palavra de Deus para se converter em um manual de moral que já se desatualizou. Na realidade, o que se pode afirmar com segurança é que esses líderes se renderam à cultura mundana que eficientemente desconstruiu suas convicções e fé. O mais grave disso tudo é que temos aqui um “veneno dentro da panela” que está matando pessoas dentro da igreja. Muitos desses líderes, que se renderam ao espírito deste mundo, em vez de entregarem suas igrejas, continuam de forma profana usando seus púlpitos para defender seus relacionamentos errados e suas formas equívocas de crer.
Da mesma forma, o neomarxismo e a espiritualidade holística também são bandeiras levantadas nesse contexto cultural pós-moderno. Qualquer cristão com um pouco de discernimento já tomou consciência de que há uma ideologia de natureza social que quer a todo custo suplantar os valores cristãos. Nesse aspecto, o neomarxismo ou marxismo cultural, como tem sido rotulado ultimamente, tem se convertido numa poderosa ferramenta usada para desconstruir a cultura judaico-cristã. Isso pode ser claramente percebido através de um sistema de doutrinação que procura abranger todos os seguimentos da sociedade. O que pregam e creem esses doutrinadores é diametralmente oposto àquilo que preceituam as Escrituras Sagradas. Isso vai desde a tentativa de remoção de símbolos religiosos de espaços públicos até mesmo à tentativa de se negar a natureza biológica do sexo. Por outro lado, a espiritualidade holística ou nova espiritualidade tem cada dia ganhado mais espaço nesse caldo cultural. O enfoque agora está no modelo holístico baseado na espiritualidade oriental, e não mais nos valores ocidentais notadamente cristãos. Nesse novo modelo, tudo é “deus” e “Deus” é tudo. Buda, Javé, Alá e Jesus são apenas nomes diferentes para a mesma divindade. Não há um céu para se conquistar nem tampouco um inferno para se evitar.
Texto extraído da obra Os Ataques contra a Igreja de Cristo, editada pela CPAD.