Lição 9 – Orando e jejuando como Jesus ensinou
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A ORAÇÃO É UM DIÁLOGO COM O PAI
II – A ORAÇÃO QUE JESUS ENSINOU
III – ORAÇÃO E JEJUM
CONCLUSÃO
A Lição 9 tem três objetivos que os professores devem esmerar-se em atingi-los:
1. Conceituar a oração como um diálogo com o Pai;
2. Explicar a oração que Jesus ensinou;
3. Relacionar oração e jejum.
Depois de falar como exercer a prática religiosa de ajudar os outros com ofertas, sem buscar exibir a justiça própria, nosso Senhor prossegue com a segundo ensino envolvendo a oração dirigida ao Pai. O destaque do Mestre divino é que nesse nível de comunhão pessoal não podemos em momento algum sermos seduzidos pelo pecado, o qual não nos acompanha apenas quando estamos buscando ser reconhecidos pelos outros para recebermos louvores.
Frente a essa segunda ilustração de Cristo em Mateus 6.5-18, não se deve pensar que Jesus estivesse tão somente combatendo o procedimento hipócrita dos escribas e fariseus, ou daquela pessoa que sempre procura chamar a atenção para si mesma, a exortação de Jesus é para todos. O problema é que nunca olhamos para essas palavras de Cristo entendendo que elas sejam para nós, pois são pesadas, todavia, elas são dirigidas para todos nós, isso porque o pecado é horrível e tem agido em toda a humanidade gerando em cada coração egoísmo e orgulho. Muitas pessoas vivem se orgulhando porque oram muito, jejuam muito, e é nesse sentido que seremos confrontados por Cristo.
Nessa nossa caminhada para a perfeição absoluta que desejamos, a santidade final, precisamos sempre da ajuda do Espírito Santo para que nenhum ato da natureza pecaminosa, que nos acompanha sempre, tenha domínio da nossa vida (Gl 6.16). A nossa natureza carnal nos acompanhará até o dia em que seremos transformados e receberemos um novo corpo (Fp 3.21), portanto, quer seja pastor, professor, aluno da escola dominical, por mais santo que seja, o cristão ainda tem a natureza carnal implantada no seu ser.
Não podemos cair na tentação de pensar em pecado somente no quesito ações, pois, na verdade, ele está relacionado a um estado do coração. Por vezes alguém pode estar orando ou jejuando querendo ser glorificado, exaltado por outros, sua intenção é carnal, farisaica, hipócrita, pois se apropria de elementos da prática da vida piedosa para tirar proveito, nesse caso, tal pessoa não estará adorando a Deus, mas a si mesma.
Devemos ser conscientes que no desenvolvimento das mais sublimes atividades de comunhão com Deus o pecado não nos deixa, ele está ali latente em nosso ser, sua força não se sobressai porque o Espírito Santo sufoca. É claro, não há coisa mais linda, maravilhosa, do que ver um cristão de joelhos aos pés de Cristo, isso fala tanto de quebrantamento como de humilhação e dependência diante daquele que está acima de tudo e de todos, mesmo assim o grande vilão está ali, se não vigiarmos logo seu poder se manifestará.
Quando nos deparamos com uma prostitua, um ébrio, prontamente fazemos nosso julgamento: “são grandes pecadores”, o que é verdade, porém, uma pessoa pode estar bem alinhada com um bonito terno, ou quem sabe de joelhos, ou jejuando, e dizemos: ali está um homem ou mulher de Deus. Não podemos deixar de considerar que, às vezes, essa pessoa está orando com o mesmo espírito do fariseu, buscando a glória não para Deus, mas para si (Lc 18.11-12).
Nessa segunda seção de Mateus, com o Senhor Jesus iremos entender que para orar e jejuar da maneira correta é preciso passar pelo novo nascimento (Jo 3.3), e dependermos constantemente da graça do Senhor para não sermos tentados no campo da autoadoração e da autoperfeição, pois o pecado não é só uma questão de ação, atitude, ele está implantado em nossa natureza, é algo íntimo.
Nas palavras de Cristo em Mateus 6.5-18, Ele nos alerta a não cairmos na tentação da natureza pecaminosa, pois mesmo sozinhos podemos pecar, com as orações e jejuns corremos o risco de sermos hipócritas, não perante os outros, mas perante Deus. Com Jesus iremos aprender a orar da maneira certa e não praticar orações de modo errado.
Texto extraído da obra Os Valores do Reino de Deus, editada pela CPAD.