Lição 05 – Êxodo: De volta à terra prometida
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. DEUS LEVANTA UM LIBERTADOR
2. O ÊXODO
3. O DESERTO
4. DEUS COMPLETA A SUA OBRA
OBJETIVOS
ENTENDER que Deus levantou Moisés como resposta ao pedido de socorro do seu povo;
RESSALTAR os milagres do Senhor, através de Moisés, para libertar os hebreus da escravidão no Egito;
DESTACAR a liderança de Moisés, guiando o povo rumo à Canaã, e nomeando Josué como o seu sucessor.
A Paz do Senhor, querido(a) professor(a)! Dando continuidade à nossa “viagem” pelo Antigo Testamento, em nossa próxima aula, abordaremos o momento da poderosa ação do Senhor ao libertar seu povo do Egito. Contudo, como sabemos, o povo vinha sofrendo e clamando por socorro há muitos e muitos anos.
Após séculos, alguns hebreus podem ter pensado que o silêncio de Deus, somado a permanência sob tais circunstâncias difíceis, indicasse indiferença do Senhor à sua situação. Afinal, se não vigiarmos, diante da dor, a nossa carne nos empurra à amargura e à incredulidade. Entretanto, seja qual for o seu “Egito”, aquele pedido de oração de longa data, motivo de jejum, clamor e lágrimas, tenha certeza de que o Todo-Poderoso se importa! E assim como Ele disse a Moisés no passado, fala com você, hoje:
“Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto, desci para livrá-lo […]” (Êxodo 3.7,8a).
Creia que o Senhor te vê, te ouve, conhece a sua situação e no tempo certo, descerá para livrá-lo. Confie e diga com fé: Adonai El Roi! O Senhor me vê! O bom pastor conhece todas as nossas necessidades, antes mesmo que tomemos consciência delas. Ele não nos faltará (cf. Sl 23) e com Ele, temos tudo o que precisamos, porque Ele é o nosso tudo, mesmo na escassez, na falta ou no “ainda não”.
Que tal abordar essa reflexão com os seus juvenis? Ao final da aula, pergunte se há algum pedido de oração que eles gostariam de compartilhar a fim de clamarem juntos pela intervenção do Todo-Poderoso, no tempo propício, segundo a sua soberana vontade.
Para a sua edificação e maior reflexão acerca do “silêncio de Deus”, sugerimos a leitura do subsídio abaixo, extraído da obra Manual do Pentateuco:
“É impossível deixar de notar a diferença entre o fim do livro de Gênesis e os primeiros versículos de Êxodo em termos da atividade divina. Com sua vida em risco, José dá testemunho da proteção de Deus sobre ele. A história é tanto a respeito de Deus como de José.
Tem-se, então, os sete primeiros versículos de Êxodo, cobrindo nada menos que 400 anos. Durante todo esse período, não há qualquer referência explícita à atuação de Deus [sem considerar o que fica implícito na preservação e na explosão populacional de Israel no Egito (1.7)]. Não surge ninguém que seja destacado pelas Escrituras. São quatrocentos anos de silêncio. Esse hiato é comparável ao período entre Noé e Abraão. Parece existir épocas em que Deus está perto (Is 55.5) e épocas em que sua presença é velada.
[…] Ainda assim, não devemos passar tão rapidamente pelos sete primeiros versículos de Êxodo. Note que Êxodo 1.1 não começa logo após Gênesis 50.26. O leitor de Êxodo 1.1 é em vez disso, levado de volta no tempo até Gênesis 46.8. Ambas as genealogias apresentam os filhos de Jacó como ‘filhos de Israel’. A linhagem da aliança passa através do novo nome dado a Jacó em Peniel” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007, p.155).
Deus é fiel em todas as suas promessas. Ele é a própria sabedoria. Por isso, precisamos confiar que, até no seu silêncio, na sua aparente “distância” ou “inércia”, Ele está bem perto de nós, trabalhando, sobretudo, em nossos corações. Que cresçamos na fé e na maturidade espiritual para aprender esperar no Senhor, alegrando-nos nEle, mesmo quando, aos olhos humanos, nada acontece.
Digamos como Habacuque: “[…] ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. Jeová, o Senhor, é minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas” (Hc 3.17-19).
O Senhor Jesus abençoe você e a sua classe. Ótima aula!