Lição 09 – Os cristãos e a prática da misericórdia
LIÇÕES BÍBLICAS ADOLESCENTES – SUBSÍDIO — 4º TRIMESTRE 2024.
LIÇÃO 9 – OS CRISTÃOS E A PRÁTICA DA MISERICÓRDIA.
LEITURA BÍBLICA: Isaías 58.5-12.
A MENSAGEM: “E aprendam a fazer o que é bom. Tratem os outros com justiça; socorram os que são explorados, defendam os direitos dos órfãos e protejam as viúvas” (Isaías 1.17).
OBJETIVOS:
ENSINAR os conceitos bíblicos de misericórdia e justiça social;
REFLETIR acerca do nosso papel como cristãos perante as necessidades da sociedade;
ENTENDER qual é a missão da Igreja.
Amigo(a) professor(a), a paz do Senhor!
A aula desta semana tem como tema um exercício que deveria ser muito comum para a vida cristã: o exercício da misericórdia. A má compreensão desse conceito tem levado muitas igrejas a confundirem o exercício da misericórdia com o assistencialismo. Isso tem ocorrido devido à politização desse tema que muitos tem conduzido de maneira ideológica. Antes de aprofundarmos a discussão é importante destacar que o exercício da compaixão para com os mais necessitados é uma pauta que sempre fez parte do exercício ministerial do Senhor Jesus (Mt 5.3; 26.11; Mc 14.7). Em muitas cidades por onde nosso Senhor passava, havia muitas pessoas desprovidas de recursos materiais (Jo 6.25-27).
Além disso, não havia uma preocupação do governo romano para com os pobres como era de costume da parte dos seguidores de Jesus. Nesse contexto de injustiça social, a pregação do Evangelho encontrava espaço e muitas pessoas seguiam a Jesus por conta da comida. Infelizmente, nos dias atuais, muitos grupos tentam misturar a pregação do Evangelho com o discurso ideológico da ação social. O que é obvio é o fato de que essas ideologias surgiram muito tempo depois da pregação do Evangelho que nada tem a ver com esses discursos. Misturá-los à fé cristã é um equívoco gritante e um desrespeito aos irmãos que com compromisso e sinceridade expressam o amor ao próximo em suas dificuldades.
Dentre tantos outros motivos as profecias contra a injustiça social se fizeram presentes no tempo de Isaías. De acordo com o Comentário Devocional da Bíblia:
“[…] o profeta descreveu um povo religioso cujo ritual parecia estar de acordo com a Lei. Essas pessoas tinham a religião na ponta da língua, e estavam absolutamente ‘certas’. Subiam ao templo para as festas obrigatórias. Ofereciam os sacrifícios certos. Eles faziam longas orações. Mas Deus classificou todas essas coisas como inúteis. Através de Isaías, Ele falou a esse povo religiosamente certo dizendo: ‘Cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas (Is 1.16, 17). A questão, naturalmente, é que o que demonstra uma fé real e vital não que estejamos ‘certos’, mas que o nosso relacionamento com Deus produz justiça. Presumo que seja bom estar preocupado em estar certo. Mas estar certo é, na melhor hipótese, apenas a metade da questão. O que mais importa para Deus é se somos justos” (p. 366).
Professor(a), a partir da discussão do tema em questão, realize uma roda de conversa com seus alunos e compare o exercício da misericórdia, pregado pelo profeta Isaías (Is 1.17), com o exercício da misericórdia ensinado pelo Senhor Jesus (Mt 5.7). Convide os alunos a observarem as semelhanças. Ao final, reforce que estamos falando do mesmo Deus que, em diferentes épocas, exortou seu povo a praticar o amor, a justiça e a misericórdia para com o próximo. Destaque aos seus alunos que o exercício da misericórdia é mais importante do que cumprir rituais religiosos. Deus nos mostra em sua palavra que a misericórdia triunfa sobre o juízo (Tg 2.13).
Tenha uma ótima aula!