Lição 2 – A Escolha entre a porta estreita e a porta larga
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – PORTAS E CAMINHOS
II – POR QUE ENTRAR PELA PORTA ESTREITA É DIFÍCIL
III – ENTRANDO PELA PORTA E PELO CAMINHO DO CÉU
CONCLUSÃO
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Explicar a analogia da “porta estreita” e do “caminho apertado” do ponto de vista bíblico e teológico;
2. Destacar que a decisão pela porta estreita requer uma vida de renúncia e disposição para enfrentar os desafios da caminhada cristã;
3. Apontar que a entrada pelo caminho estreito está baseada no arrependimento, confissão de pecados e novo estilo de vida.
Prezado(a) professor(a), a paz do Senhor!
A segunda lição deste trimestre tem como finalidade apresentar a analogia da “porta estreita” e da “porta larga”. “O assunto envolvendo a porta estreita, à luz de Mateus 7.13,14, faz parte do Sermão do Monte. A compreensão desse tema nos remete aos princípios que foram vaticinados por Jesus Cristo aos seus seguidores para terem um viver espiritual e ético nos padrões do Deus Eterno. Esse ensino vai na contramão de tudo o que uma sociedade sem Deus adota, que ensina uma liberdade que conduz à libertinagem, que a verdade depende do conceito de cada um, que o que vale é o prazer. Nosso divino Mestre, Jesus, através da metáfora da porta estreita e do caminho apertado, não é vago, mas sim direto, evidenciando que o seguimento para uma vida de fé requer sacrifício, compromisso, pois jamais se pode viver um estilo de vida cristã se não for por uma verdadeira santidade, justiça e retidão (Lc 1.75).
Um dos maiores emblemas divinos para a vida cristã é a cruz, palavra que carrega três significados:
1) Antigo instrumento de tortura e morte, formado por duas vigas, uma atravessada na outra, em que eram pregados ou amarrados os condenados. As cruzes eram de três feitios: em forma de xis, ou de tê maiúsculo, ou de sinal de somar, sendo mais longa a viga que ficava enterrada (Mc 15.30).
2) A morte de Cristo na cruz (1 Co 1.17; Gl 6.14).
3) Disposição de sofrer por Cristo até a morte (Mt 16.24).
Assim, o chamado para viver a jornada com Cristo para o Céu envolve a ação de renunciar a si mesmo, os prazeres mundanos, como o tomar a cruz, que é o estar pronto a viver por seu Nome e fé até enfrentar a morte, o que requer dedicação e renúncia. Falando desse ato de renunciar a si mesmo, o Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal diz:
Jesus convida todos a segui-lo; cada um deve estar disposto a renunciar a si mesmo, tomar sobre si a sua cruz e segui-lo. Renunciar a si mesmo significa abandonar a satisfação material imediata para descobrir e assegurar o seu verdadeiro ser e os interesses de Deus. Esta é uma vontade de abandonar os desejos egoístas e a segurança terrena. Esta atitude transforma o egocentrismo em um enfoque central em Deus. O “eu” já não está mais no comando. Tomar a cruz era um exemplo vívido da humildade e submissão que Jesus estava pedindo aos seus seguidores. A morte na cruz era uma forma de execução usada por Roma para aqueles que eram considerados criminosos perigosos. Um prisioneiro carregava a sua própria cruz até o lugar de execução, o que significa a submissão ao poder de Roma. Seguir a Jesus, portanto, significava identificar-se com Jesus e seus seguidores, enfrentando a opressão social e a política e o ostracismo, sem uma possibilidade de retorno. Para alguns, tomar a cruz poderia significar verdadeiramente a morte. Seguir a Cristo é também uma decisão constante, que requer compaixão e serviço. Seguir a Jesus não quer dizer andar atrás dEle, mas tomar o mesmo caminho de sacrifício e serviço que Ele tomou. (COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO APLICAÇÃO PESSOAL, 2009, v. 1, p. 107)
Jamais se pode conjecturar que a vida com Cristo seja sem sacrifício, apenas de facilidade; não é isso que a mensagem da porta estreita e do caminho apertado querem nos falar. Por outro lado, a mensagem metafórica transmitida pela porta larga e o caminho espaçoso é a de que pela nossa escolha podemos trilhar a jornada da conveniência, da prioridade dos desejos do eu, do nosso achismo, de um viver que não quer qualquer alinhamento com a Palavra de Deus, mas dominado pelo egoísmo humano. Está claro que para viver a vida cristã à luz da mensagem de Cristo é preciso crer e obedecer às Escrituras Sagradas, razão pela qual Jesus mesmo afirmou: ‘Quem crê em mim, como diz a Escritura […]’ (Jo 7.38). Nossa vida só pode ser bem alinhada nos valores divinos se vivermos pela Palavra de Deus, na qual constam os ensinamentos de Cristo.
O homem pode tomar dois caminhos nesta vida: um que leva ao Céu, que é apertado, cujas placas de sinalização ao longo do caminho são os mandamentos e ensinos de Cristo Jesus, requerendo um viver santo, justo, ético, ações marcadas pelo amor, verdade, dessa forma se chegará ao Pai (Hb 12.14). O outro caminho é o espaçoso, é livre, sem placas de exigências, prevalecem todos os desejos de um eu não regenerado (Gl 5.19-21).
Por meio destes dois versículos, Mateus 7.13,14, somos chamados por Cristo a refletir sobre as nossas escolhas e que tipo de decisões iremos tomar nesta vida, em que uma delas pode nos levar a uma verdadeira espiritualidade, que resultará na vida eterna, em uma comunhão verdadeira com Deus. É a escolha da porta estreita e do caminho apertado. A outra escolha, que não requer sinceridade, diligência, compromisso, poderá nos levar à perdição, que é a porta larga e o caminho espaçoso. Portanto, a decisão está diante de você: se escolher o caminho certo (Jesus), terá vida (Jo 14.6); se escolher o caminho da perdição, terá a morte eterna.”
(Trecho extraído e adaptado de: GOMES, Osiel. A Carreira que nos Está Proposta: O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, pp. 29, 30).
Deus abençoe a sua aula e seus alunos!