Lição 13 – O Poder de Deus na missão da igreja
Caro (a) professor (a),
Chegamos ao final de mais um trimestre e, certamente, sua classe aprendeu preciosos e ricos ensinamentos. Nesta última lição, veremos que o Espírito Santo é a força-motriz que impulsiona a igreja a cumprir a sua missão neste mundo. A manifestação do Espírito foi anunciada por Cristo aos seus discípulos nos dias que antecederam a ascensão. Disse o Senhor: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Dessa forma, o Espírito Santo fortaleceria e capacitaria os discípulos do Senhor no cumprimento da missão para a qual os havia separado.
Com o avanço da pregação do Evangelho e a consolidação da Igreja Primitiva, os primeiros crentes experimentaram da ação mais direta do Espírito Santo no cotidiano (At 2). Além do revestimento de poder para anunciar a mensagem da salvação, o Espírito distribuía dons espirituais e ministeriais com vista no serviço eclesiástico e edificação espiritual da igreja (1Co 12.4-11; Ef 4.11). E importante destacar que a operação dos dons, bem como as ações realizadas pela igreja têm como fonte o poder do Espírito. Embora Deus considere a ação do homem ao se tornar canal do Espírito para a realização do serviço no Reino, é fundamental que não se perca de vista que sem o Espírito Santo atuando e capacitando o crente nada seria possível. O próprio Jesus declarou aos seus discípulos a dependência que eles teriam dEle para realizar todas as coisas (Jo 15.5).
Nesse sentido, o Comentário Pentecostal do Novo Testamento (CPAD, 2003) discorre: “Notamos em primeiro lugar a frase ‘a manifestação do Espírito’ (v. 7). A expressão do Espírito poderia significar que o Espírito é a fonte da manifestação (subjetivo genitivo), ou que os dons manifestam o Espírito (objetivo genitivo). Embora todos os aspectos sejam verdadeiros, o contexto geral favorece o Espírito como fonte. Paulo não fala de ‘manifestações’; antes, refere-se a ‘nove formas de manifestação espiritual’[…]. A manifestação do Espírito é dada ‘a cada um’. O consenso entre os escritores do Novo Testamento é que todo crente recebe pelo menos um dom (Rm 12.3; 1Co 1.7; 3.5; 12.7,11; 14.1,26; Ef 4.7,11; 1Pe 4.10; cf. Mt 25.15). Os dons são dados aos indivíduos não para o seu benefício pessoal, mas para o benefício de outros (‘para o que for útil’). Uma exceção seria a função de autoedificação das línguas não interpretadas (1Co 14.4)” (p. 207). Nesse sentido, sem a graça e o auxílio do Espírito Santo o crente não pode ter vida espiritual, muito menos exercer o seu ministério. Que possamos reconhecer a nossa dependência do Espírito em tudo o que somos e realizamos!
Fonte: Subsídio extraído da Revista Ensinador Cristão
Ano 25 | nº 96 | jan/fev/mar de 2024