Lição 5 – Por que tantas traduções?
A lição de hoje encontra-se em: Gênesis 11.1-9
Tópicos da Lição:
1. A NECESSIDADE DE TRADUÇÃO
2. HISTÓRIA DAS TRADUÇÕES
3. OS NOVOS DESAFIOS
A paz do Senhor, professor(a).
A lição desta semana trata a respeito da tradução das Escrituras Sagradas. Antes de chegar até nós a Bíblia foi escrita para um povo específico em seu idioma natural. Somente depois de muito trabalho e da insistência de grandes homens de Deus é que tivemos acesso aos textos que podemos ler atualmente. Esse é o cumprimento do que afirmou o Senhor Jesus, isto é, de que o Evangelho chegaria até os confins da terra.
O primeiro tópico aborda a necessidade de tradução das Escrituras. Os textos do Antigo Testamento foram escritos na língua hebraica, com exceção de algumas partes que foram escritas no aramaico. Já o Novo Testamento foi escrito em grego, haja vista ser o grego koiné a língua mais falada nos tempos de Jesus e dos apóstolos. Deus cuidou para que a mensagem fosse pregada em todo mundo. Para isso, os meios de comunicação e as vias de transporte precisavam estar preparados. Então o Senhor cuidou de tudo e no tempo certo foi possível fazer a tradução dos textos originais para outras línguas.
O segundo tópico apresenta a história das traduções. As duas mais conhecidas traduções da Bíblia são: a Septuaginta e a Vulgata. Vejamos:
“O texto hebraico foi traduzido para o grego entre 250 e 150 a.C. Essa primeira versão do Antigo Testamento é chamada de Septuaginta ou LXX (os ‘setenta’, uma vez que expressava o trabalho de 70 tradutores). Em vários casos, o Novo Testamento cita a LXX ao invés do texto hebraico. A descoberta dos fragmentos de papiros gregos no deserto egípcio, escritos em Koiné, isto é, no grego comum ou vernacular (o grego que se falava nos dias do NT), explicou as principais diferenças entre o Novo Testamento e o grego clássico. O Novo Testamento foi escrito na linguagem vernacular comum (Koiné) do primeiro século, da mesma forma que Martinho Lutero usou o alemão comum da época em sua tradução da Bíblia.
[…] A Bíblia chegou aos círculos britânicos em uma versão em latim. No primeiro século havia duas versões do Antigo Testamento. Em hebraico e em grego. Mas os primeiros cristãos acharam que uma versão em latim era necessária, tanto para o Antigo Testamento como para o crescente Novo Testamento, especialmente por causa de sua obra missionária no norte da África onde o latim era a língua dominante. Antes do final do século II, alguns dos livros da Bíblia haviam sido traduzidos para o latim, pois os escritores do século III demostraram uma grande familiaridade com as versões em latim. Estas versões tornaram-se tão multiplicadas e variadas que o Papa Damaso atribuiu a Jerônimo a tarefa de produzir um texto padrão em latim, que foi concluído em 405 d.C. Esta veio a chamar-se Vulgata, que foi o texto padrão mais largamente usado por mais de mil anos, e ainda é o texto oficial da igreja católica romana” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 295-298).
O terceiro tópico ressalta os novos desafios com a evangelização dos povos que ainda tiveram acesso ao texto das Sagradas Escrituras. Esse trabalho de tradução continua, pois há muitas instituições patrocinadas pela Igreja no mundo que são responsáveis pela tradução, redação e envio de novas Bíblias escritas em diferentes línguas e dialetos espalhados em vários continentes. Faz parte do papel da Igreja patrocinar essas instituições a fim de contribuir para que o Evangelho seja pregado em todas as nações e, assim, cumpriremos o “Ide” de nosso Senhor Jesus.
Converse com seus alunos sobre a importância da obra missionária e organize com eles alguma atividade que possa angariar ofertas para ajudar alguma instituição que exerce o trabalho de envio de Bíblias para regiões do mundo onde o Evangelho precisa ser pregado e interceda com eles por esse propósito.
Que Deus abençoe o seu trabalho!