Lição 9 – A Igreja e o sustento missionário
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A IGREJA DE FILIPOS E O SUSTENTO MISSIONÁRIO
II – PRINCÍPIOS BÁSICOS ACERCA DO SUSTENTO MISSIONÁRIO PELA IGREJA
III – APRENDENDO A INVESTIR NA OBRA MISSIONÁRIA
CONCLUSÃO
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Explicar a relação da Igreja de Filipos com o sustento missionário;
2. Elencar os princípios básicos do sustento missionário;
3. Conscientizar a respeito da importância do investimento financeiro da obra missionária.
A obra da evangelização dos povos é a tarefa mais importante da Igreja. Devemos trazer nossas contribuições em forma de dízimos e ofertas à igreja, para que esta mantenha os que se dedicam a ganhar vidas para Jesus, fazendo o seu Reino avançar sobre a terra.
A igreja de Corinto deixou-nos um grande exemplo na abundância dos dons espirituais e no conhecimento das coisas de Deus (1 Co 1.4- 7; 12.1-31; 2 Co 8.7; 12.7), mas, infelizmente, foi muito insensível no que tange ao sustento financeiro do seu missionário, sendo necessário a intervenção de outras igrejas para que ele pudesse exercer as suas atividades (2 Co 11.8-9; Fp 4.15). Entretanto, o apóstolo Paulo ensinou àquela igreja que contribuir em favor da obra missionária é o mesmo que investir em Deus: “[…] o que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará” (2 Co 9.6; Gl 6.7-9).
Paulo deu testemunho à igreja de Corinto referente à graça da contribuição que Deus concedeu à igrejas da Macedônia, a saber: Filipos, Tessalônica e Bereia. O seu objetivo não era outro a não ser incentivar aquela igreja, que vivia num grande centro financeiro da época, principalmente por ser uma cidade conhecida como uma das maiores fabricantes de velas para navios e barcos, rica no comércio de seda pura, além de ter dois portos: Lecaion e Cencreia. O apóstolo deixou claro aos coríntios que os crentes da Macedônia, embora vivessem em grande dificuldade e extrema pobreza, deram exemplos na contribuição para com os irmãos em Cristo da Judeia (2 Co 8.1-9).
Esferas de sustento missionário
O apoio missionário é um investimento espiritual que Deus credita na conta dos doadores.
Como os missionários devem ser financeiramente apoiados no seu trabalho?
Os missionários precisam de dinheiro para pagar pela alimentação, moradia e outras necessidades. Lembrando que os casados e com filhos possuem necessidades ainda maiores.
A sustentação financeira aos missionários precisa ser sistemática, pois as necessidades dos obreiros são diárias. Não é suficiente enviar ofertas esporádicas. A contribuição precisa ser metódica, suficiente e contínua.
Deus recebe a oferta que oferecemos aos missionários e compromete-se a abençoar-nos e suprir todas as nossas necessidades.
Por toda a Bíblia, Deus ordenou que os que tivessem um ministério de tempo integral fossem sustentados pelo povo de Deus. Isso está demonstrado nas orientações dadas aos sacerdotes (Nm 18.1-20) e levitas (Nm 18.21-32); nas instruções de Jesus aos discípulos (Mt 10.9,10); e pelas suas palavras quando diz que “digno é o obreiro de seu salário” (Lc 10.7). O apóstolo Paulo também escreve: “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co. 9.14). Uma exposição mais profunda pode ser encontrada com clareza nos seguintes textos: 1 Crônicas 29.14-17 e Êxodo 35.4-9.
A responsabilidade da igreja
Cabe à igreja que envia assumir a responsabilidade financeira com o missionário. Tal compromisso deverá ajustar-se ao seu suporte econômico previamente, tendo realizado o exame criterioso dos custos da obra a ser desenvolvida, tais como: transporte do missionário até o local da atuação da obra; instalação do missionário com a sua família; respaldo até que a obra adquira condições de autossustentar-se e dar assistência ao obreiro em todas as áreas da sua vida. O sustento missionário inclui alimento, vestuário, moradia, educação e saúde dele e da esposa e filhos.
Antes, porém, de qualquer início de atividade, a igreja deve fazer os cálculos, conforme o ensino de Jesus (Lc 14.28). É necessário um estudo sobre o padrão de vida do país para onde vai ser enviado o missionário, a fim de que a igreja possa enviar o suficiente para o sustento dele.
É prudente que, previamente, seja estabelecido um contrato entre a igreja e o missionário, estabelecendo todas as tratativas acordadas com o missionário e a sua família antes do envio dos mesmos (Mt 5.37).
Na realidade, são os crentes, membros e obreiros da igreja que apoiam os missionários com as suas contribuições, através da secretaria ou Departamento de Missões da igreja. Diante dessa realidade, a igreja ora, intercede e acompanha o seu trabalho através de relatórios escritos e por meio de testemunhos de outros que visitam o missionário no campo. Esses responsáveis pelo sustento e pelo apoio espiritual devem entender também que a situação é muito diferente fora do seu convívio. Se não houver essa confiança, corre-se o risco de o trabalho no campo missionário não desenvolver ou sofrer solução de continuidade.
Texto extraído da obra, “ATÉ OS CONFINS DA TERRA”, livro de apoio ao 3º trimestre, publicado pela CPAD.