Lição 6 – Orando, contribuindo e fazendo missões
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – UMA PERSPECTIVA PENTECOSTAL DE MISSÕES
II – A OBRA MISSIONÁRIA DEPOIS DO PENTECOSTES
III – A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO E A OBRA MISSIONÁRIA
CONCLUSÃO
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Expressar a importância da oração pela causa de Missões;
2. Pontuar a benção de contribuir para Missões;
3. Refletir a respeito da vocação missionária.
Desde o Antigo Testamento, Deus procurou pessoas que se colocassem à sua disposição para realizar a sua obra. Tais servos deveriam ter consciência da chamada divina e convicção da obra que deveriam realizar (Êx 32.31,32).
O chamado de Deus é para participarmos da sua missão no mundo. Primeiramente, Ele enviou o seu Filho e depois enviou o Espírito Santo. Agora, Ele envia a sua Igreja, que somos nós. Deus, por meio do Espírito, envia-nos ao mundo para anunciar a salvação do seu Filho. Ele trabalhou por intermédio do seu Filho para alcançá-la e trabalha por nosso intermédio para torná-la conhecida.
A chamada de Deus para a obra missionária é universal, fazendo parte da Grande Comissão dada por Jesus após a sua ressurreição: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura (Mc 16.15); “[…] ide, ensinai todas as nações” (Mt 28.19); “[…] e ser-me-eis testemunhas até os confins da terra” (At 1.8). Essas três passagens bíblicas são suficientes para descrever qual a prioridade número um do Senhor Jesus Cristo: “A evangelização do mundo”.
Há cinco partes na Bíblia Sagrada. O Deus do Antigo Testamento é um Deus missionário, pois chamou uma família a fim de abençoar todas as famílias da terra. O Cristo dos Evangelhos é um Cristo missionário, pois enviou a Igreja para que desse testemunho dEle. O Espírito de Atos é um Espírito missionário, pois tirou a igreja de Jerusalém e levou-a para Roma. A igreja das Epístolas é uma igreja missionária, uma comunidade mundial, com uma vocação mundial. O fim de Apocalipse é um fim missionário, um sem-número de pessoas de todas as nações. Como diz John Stott: “A religião da Bíblia é uma religião missionária”.
O chamado de Deus é um serviço sério e sagrado e requer o máximo de nós, como o apóstolo Paulo diz em Romanos 1.15: “E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho”. O Dr. George William Peters, professor de Missões Mundiais em Dallas Theological Seminary durante muitos anos e autor do livro Teologia Bíblica de Missões (CPAD), faz a seguinte paráfrase desse versículo: “Mobilizei e desenvolvi todas as habilidades dentro de mim e as organizei para um propósito, isto é, anunciar o Evangelho de Jesus Cristo”. Devemos aprender, portanto, que precisamos alcançar isso para atender o desafio do chamado de Deus.
Missionário é uma pessoa chamada por Deus (Rm 1.1; 1 Co 1.1), e essa chamada acontece através da visão da obra (Jo 4.35; At 16.9; 26.19); da obediência à Palavra (Mc 16.20; Hb 2.4; At 4.20); e da direção do Espírito (Ap 3.13; At 16.6-8; 14.23-28).
Roger S. Greenway (1934–2016), professor de Missiologia no Calvary Seminary, autor do livro Ide e fazei discípulos – Uma introdução às missões cristãs, no capítulo 20, sob o título “O preparo para tornar-se um missionário”, assim se expressou:
Eu me lembro de ouvir o famoso missionário aos hindus, E. Stanley Jones, dizer a um grupo de estudantes reunidos na Cidade do México. “Alguns de vocês, jovens, estão pensando sobre ministério e missões. Meu conselho a vocês é este: se puderem ficar de fora, então fiquem; mas, se não puderem, então, venham! É maravilhoso!”. Há apenas um chamado para todos os cristãos, o de seguir a Cristo no serviço para a glória de Deus e crescimento de seu reino; mas, há várias tarefas dentro desse chamado. Eu tenho uma experiência de mais de quarenta anos, e gostaria de dar alguns conselhos para aqueles que se sentem chamados a se tornarem missionários. Não há satisfação maior do que aquela que os missionários experimentam quando veem o Espírito Santo mudando os corações e as vidas, trabalhando por meio dos seus esforços tão fracos para construir igrejas de Cristo.
Para assumir um compromisso com a obra missionária, é necessário saber que esse compromisso exige três ações distintas: orar, contribuir e ir.
Texto extraído da obra, “ATÉ OS CONFINS DA TERRA”, livro de apoio ao 3º trimestre, publicado pela CPAD.