Lição 4 – Quando a criatura vale mais que o criador
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTROUÇÃO
I – O DESPREZO À VERDADE
II – A REVOLUÇÃO DO PENSAMENTO HUMANO
III – TIPOS DE AUTOIDOLATRIA
CONCLUSÃO
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Identificar as consequências da irreligiosidade e culto à criatura;
2. Compreender a origem histórica do humanismo e seus desdobramentos em nossa cultura;
3. Conhecer os tipos de autoidolatria e as orientações bíblicas para escapar desses males.
Prezado(a) professor(a), a paz do Senhor.
A lição desta semana considera a impiedade e autossuficiência humanas como expressões da rebelião à soberania divina. Com o advento do Renascentismo, movimento intelectual que protagonizou o cenário da Europa Ocidental entre os séculos XIV e XVI, muitas teorias surgiram na tentativa de desconstruir racionalmente a visão teocêntrica de um Deus Criador de todas as coisas.
Dentre as ideias humanistas que podemos enfatizar nesta lição, estão o iluminismo e a pós-modernidade. O pensamento moderno teve como proposta a desconstrução do conhecimento teológico como saber supremo e detentor da verdade absoluta. Para os iluministas, a religião era uma interpretação falida da verdade. Os pensadores modernos defendiam a razão e a ciência como conhecimentos suficientes para alcançar a verdade absoluta sobre todas as coisas. Era uma expressão clara da rejeição à religião, haja vista que esta já não atendia às expectativas da humanidade, ou mesmo, não explicava da forma correta a verdade de Deus.
Há dois eventos históricos que ocorreram no século XVIII e impulsionaram a modernidade: a Revolução Francesa (1789-1799), marcada pelo iluminismo; e a Revolução Industrial (1760-1840), iniciada na Inglaterra e que marcou um período de grandes transformações sociais e econômicas em todo o mundo.
Em contrapartida, a pós-modernidade é a ruptura com o pensamento modernista que defendia a razão e a ciência como conhecimentos fundamentais para que o homem encontrasse a verdade, a partir da premissa de que é impossível haver apenas uma única verdade predominante. A sociedade pós-moderna é marcada pelo individualismo e a busca pelo prazer imediato, alimentados pelo incentivo ao consumismo.
O pastor Elinaldo Renovato, em sua obra Os Perigos da Pós-modernidade (CPAD) ressalta que umas das expressões de oposição a Deus é o secularismo, “termo derivado de uma palavra que significa simplesmente ‘pertencente a este século’, ou ‘mundano’. É mais especificamente o sistema de crenças que nega a realidade de Deus, da religião e da ordem sobrenatural, sustentando assim que a realidade se compõe apenas deste mundo natural. O humanismo secular, por sua vez, promove e exalta a criatura humana, excluindo e negando o Criador” (p. 151). Esse cenário é a evidência de que estamos nos últimos dias que precedem a Volta de Cristo, conforme apontou o apóstolo Paulo a Timoteo: “Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. Pois os seres humanos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, arrogantes…” (2 Tm 3.1,2). Que Deus ajude a Sua Igreja a lidar com tudo aquilo que se levanta contra Deus.
(Artigo extraído da revista Ensinador Cristão, editada pela CPAD, edição 94, p. 38).