Lição 07 – Posso jejuar e orar
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. JESUS, NOSSO EXEMPLO DE ORAÇÃO
2. ORAR SEM CESSAR
3. O JEJUM
OBJETIVOS
MOSTRAR que Jesus é o nosso exemplo de oração;
EXPLICAR que precisamos orar sem cessar;
COMPREENDER a importância do jejum.
O que significa orar?
1. É conversar com Deus. É o diálogo que mantemos com o Pai celestial. Falamos-lhe quais são as nossas necessidades, enfermidades e dificuldades. Mas, antes de tudo, devemos agradecer por mais um dia de vida que Ele nos concedeu. Então, sentimos no coração a resposta, através do nosso espírito, que se comunica com o Espírito de Deus. Leia Romanos 8.16 com a turma.
2. É ter comunhão com Deus. A Bíblia registra, em Gênesis 5.21, que Enoque, quando estava com 65 anos, passou a ter comunhão com Deus, através da oração. A cada dia, ele se aproximava mais e mais do seu Criador, por intermédio desta sublime prática. Trezentos anos depois, não foi mais visto, pois o Senhor o tomou para si.
3. Não é rezar. Como já foi dito anteriormente, orar é conversar com Deus, é dialogar com Ele. É um processo que flui normal e espontaneamente. O Espírito Santo nos inspira as palavras que são ditas em cada oração que fazemos. De acordo com as nossas necessidades, usamos termos que jamais, empregamos em petições anteriores. E isto que agrada a Deus: a nossa fuga das vãs repetições.
A oração-modelo
Na Bíblia, a única oração, que pode ser considerada um modelo, é a do Pai Nosso (Mt 6.10-13). Professor, abra a Bíblia e leia com os alunos a oração do Pai Nosso. A medida em que for lendo, interrompa a leitura e explique os seguintes aspectos:
1. Deus é nosso Pai. Isso implica que somos filhos e, assim, devemos orar com lealdade, obediência, amor e respeito;
2. Deus é Santo. Devemos santificar o seu nome no nosso viver; não o tomando em vão;
3. Deus é Rei. E nós somos seus súditos, seus servos;
4. A vontade de Deus é soberana. Ela deve prevalecer sobre a nossa, não podemos decretar nada; Ele, sim, que é Rei, é quem pode decretar o que quiser;
5. Dependemos de Deus. A cada dia, para termos o nosso “pão” (os bens necessários) precisamos da provisão divina; se fosse o pão nosso de cada ano, muitos esqueceriam do Senhor;
6. Devemos perdoar. O perdão de Deus deve corresponder à maneira pela qual perdoamos os que nos ofendem;
7. O Reino, o poder e a glória pertencem somente a Deus. Ao final da oração-modelo, Jesus expressou a realeza, o poder e a glória, que só pertencem a Deus. Isso nos sugere que, orando, devemos ter em mente que Ele é o nosso Rei cheio de majestade, poder e glória. (RENOVATO, Elinaldo. Aprendendo diariamente com Cristo. CPAD, p.22,23)
Jesus nos ensinou a oração do Pai Nosso. Mas não quer dizer que o cristão só pode orar corretamente se recitá-la. O importante é que nossas orações possuam os elementos do Pai Nosso de uma ou de outra forma.
Quando orar?
l. Ao deitar-se. Depois de um dia estressante, principalmente em uma cidade grande, onde se enfrenta perigos mil, é dever do crente orar ao deitar, à noite, e agradecer a Deus os grandes livramentos, ou seja, a proteção contra os assaltos, as batidas de carro no trânsito, os atropelamentos; pela saúde e por tudo que lhe aconteceu, pois a Bíblia recomenda: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5.20).
2. Ao levantar-se. As nossas vidas estão entregues nas mãos de Deus. Por isso, é nosso dever, ao iniciarmos o novo dia, orar, para que o Senhor mande os seus anjos, a fim de nos livrar de todos os perigos, conforme lemos no Salmo 91.11:”Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos”.
3. Sempre (1 Ts 5.17). Quem vive em total dependência de Deus, através da oração, é sempre vitorioso. Orar sempre significa viver as 24 horas do dia em constante comunhão com Deus. É deitar-se, levantar-se, trabalhar, viajar, etc., com o pensamento voltado para as coisas espirituais.
O jejum como reforço à oração
Conceitos sobre o jejum
Jejuar. A palavra vem do latim, jejunare, com o sentido da prática do jejum; abster-se de comer, ou abstinência de alguma coisa.
Jejum – no Dicionário Teológico (CPAD), encontramos a seguinte definição: “[Do lat. Ieunium] Abstinência total ou parcial de alimento durante um determinado período, visando aprimorar o exercício da oração e da meditação. O jejum bíblico não pode ser visto como penitência, mas como um sacrifício vivo e agradável a Deus. Para que seja aceito, deve ser o jejum acompanhado de justas e piedosas intenções”.
O jejum espiritual (Is 58. 6-12)
Trata-se do viver constantemente segundo a vontade de Deus. Não implica propriamente abstenção de alimentos, mas de abster-se de atitudes que não agradam ao Senhor. O profeta Isaías registrou o que Deus considera o jejum espiritual. O povo reclamava porque o Senhor não lhes respondia: “Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu o não sabes?” (Is 58.3) Era o jejum literal, físico, com a abstenção de alimentos. E Deus respondeu-lhes à altura, dizendo-lhes que jejuavam por interesse egoísta, em contendas e brigas, e que este não era o jejum que agradava ao Senhor (Is 58.3b,4-6). A seguir, Deus respondeu ao povo o que significava o jejum que lhe agradava: o abandono da opressão e o cuidado com os necessitados, diante do que o povo experimentaria bênçãos inigualáveis (ver Is 58.6-12).
Mesmo não sendo um mandamento, a prática do jejum é muito salutar para a vida espiritual, como um reforço à oração e súplica, seja de modo sistemático, ou em momentos em que se faz necessária uma maior contrição diante de Deus. Jesus jejuou. Este é um exemplo marcante. Homens de Deus jejuaram, inspirando-nos a seguir-lhes o exemplo. O jejum físico só tem valor quando a pessoa já vive em jejum espiritual, na comunhão com Deus. Cuidados devem ser observados para quem jejua, evitando escândalos para a Igreja do Senhor.
Cuidados com o jejum físico
Além de uma vida espiritual reta, é imprescindível que se observem alguns cuidados. Se a pessoa está doente, debilitada; se sofre de gastrite, úlcera, ou de outra enfermidade estomacal, não deve jejuar; outro cuidado importantíssimo: evitar jejuar exageradamente. Conhecemos casos de pessoas que resolveram jejuar por mais de um dia, e isso atingiu o equilíbrio emocional, causando transtornos perigosos. Tais pessoas acabaram tendo de ser hospitalizadas, escandalizando o nome do Senhor Jesus. Deve haver equilíbrio quanto ao jejum. Deus quer obediência, e não sacrifício (ver 1 Sm 15.22).
(RENOVATO, Elinaldo. Aprendendo diariamente com Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.37,44,45)
Oramos para que esta aula renda muitos frutos, para a glória do Senhor.
Deus abençoe a sua aula e seus alunos.