Lição 2 – A Predileção dos pais por um dos filhos
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O PLANO DE DEUS PARA A FAMÍLIA E SUA PRESCIÊNCIA
II – CONFLITO FAMILIAR
III – O PROBLEMA DA PREDILEÇÃO POR FILHOS NA FAMÍLIA
CONCLUSÃO
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Apresentar o plano de Deus para família de Isaque e Rebeca;
2. Apontar a predileção dos filhos como uma das principais causas do conflito familiar;
3. Explicar os malefícios da predileção na formação e desenvolvimento físico, emocional e espiritual dos filhos.
I – O QUE A PRESCIÊNCIA DIVINA PREVIU (Gn 25.23)
1. O propósito presciente de Deus
A presciência divina é uma qualidade da onisciência de Deus que se refere ao fato de que o Senhor conhece de antemão tudo o que ainda está por acontecer. Deus conhece todas as coisas, incluindo o futuro. O sábio Salomão declarou que “os olhos do Senhor estão em toda parte” e conclui que Ele está “observando atentamente os maus e os bons” (Pv 15.3, NVI). O rei Davi, em Salmos 139.1,2, diz: “Senhor, tu me sondaste e me conheces. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento”. Deus sabia por antecedência o futuro de Isaque e Jacó. O plano estava feito e estabelecido. Isso não significa determinismo, mas significa que Deus sabia o que haveria de acontecer com os gêmeos de Isaque e Rebeca, independentemente dos elementos circunstanciais que envolveram essa história. Mesmo que não compreendamos os desígnios de Deus, sabemos que a vontade do Senhor é perfeita. Quando Rebeca percebeu que estava grávida, houve grande alegria entre o casal. Porém, no desenvolvimento da gestação, alguns meses depois, os gêmeos já lutavam entre si no ventre de Rebeca. Presciência é o pré-conhecimento divino de todas as coisas. Ela não é causativa, mas é o que determina que algo aconteça. No caso dos gêmeos, Esaú e Jacó, Deus sabia que eles, criados como agentes livres para fazerem o que quisessem, seriam rivais.
2. O plano de Deus para a família de Isaque e Rebeca
Mais uma vez destacamos a presciência de Deus. Na história desse casal, não há dúvidas de que os desígnios de Deus seriam realizados na vida de Isaque e Rebeca. Eles faziam parte da promessa feita a Abraão. Os dois, certamente, não podiam imaginar que faziam parte de um plano muito maior para as suas vidas. Strong, em sua Teologia Sistemática, diz que “Deus conhece perfeita e eternamente todas as coisas que são objeto do seu conhecimento quer reais ou possíveis, passadas, presentes ou futuras”.[1] Ora, a presciência divina não deve ser confundida com a vontade pré- -determinante de Deus. Strong diz: “Em virtude da sua sabedoria Deus escolhe os mais elevados fins e usa os mais adequados meios para cumpri-los”.[2] Ao conhecer Rebeca por esposa, Isaque ficou deslumbrado pela beleza dela e não podia imaginar o plano de Deus com essa mulher e o que viria à frente. De repente, ambos descobrem que Rebeca era estéril. Diz a Bíblia que Isaque orou ao Senhor por sua mulher, porque ela era estéril (Gn 25.21). Somente vinte anos depois, com 60 anos de idade, Isaque teve a notícia de que sua esposa, Rebeca, estava grávida (Gn 25.26). Nada podia interferir no plano de Deus, porque quando Ele opera nenhum de seus desígnios deixam de ser cumpridos. No tempo de Deus, Isaque e Rebeca geraram dois meninos, gêmeos, para a alegria do casal. Ambos oraram a Deus para que Deus abrisse a madre de Rebeca e, quando ela engravidou, a alegria foi imensa, porque o Senhor ouviu a oração do casal.
NOTAS
1 STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática. Vol. 1. São Paulo: Hagnos, 2003, p. 421.
2 Ibidem., p. 427.
Texto extraído da obra Aviva a Tua Obra, editada pela CPAD.