Lição 3 – Avivamento no Novo Testamento
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O AVIVAMENTO NOS EVANGELHOS
II – O AVIVAMENTO NOS ATOS DOS APÓSTOLOS
III – O AVIVAMENTO NAS EPÍSTOLAS E NO APOCALIPSE
CONCLUSÃO
Esta segunda lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Apresentar o avivamento nos Evangelhos;
2. Saber como se deu o avivamento no livro de Atos dos Apóstolos;
3. Conhecer o avivamento nas Epístolas e no Apocalipse.
Houve muitos avivamentos no Antigo Testamento ou na antiga aliança. Todos eles, porém, tiveram, por assim dizer, um tempo de validade. Uns duraram mais, e outros, menos. No capítulo anterior, vimos um resumo dos momentos em que o Senhor Deus visitou o seu povo de forma extraordinária; sempre em resposta ao clamor das pessoas, tendo à frente um líder espiritual, um profeta, ou um rei, como foi no caso de Davi, Asa, Josafá, Josias e outros. No Novo Testamento, todavia, podemos constatar que os avivamentos tiveram períodos mais longos. O maior dos avivamentos na época da Igreja foi o trazido por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele, sim, trouxe um avivamento não apenas para Israel, como acontecia no Antigo Testamento, mas também um avivamento para o mundo. Os judeus rejeitaram-no e perderam a maior e mais preciosa oportunidade de ter a sua nação apresentada ao mundo como o povo eleito para representá-lo em toda a terra (Is 43.1). O avivamento no Novo Testamento começa com Jesus, mas não termina com Ele. A sua mensagem ultrapassa o tempo e a história, e é projetado para todos os séculos. A mensagem de Cristo não foi para um período determinado, em resposta a uma situação particular de um povo. A sua mensagem é a revelação de Deus para toda a humanidade (Jo 3.16,17).
I – O AVIVAMENTO NOS EVANGELHOS
A palavra evangelho quer dizer “boas novas”. Cristo trouxe as “Boas Novas de salvação”. A situação de Israel era, talvez, a das piores na sua história. Por causa da sua desobediência ao Senhor, a nação passou cerca de quatrocentos anos sem ouvir a sua voz por visão, revelação ou profecia — o chamado período interbíblico. Se a nação eleita não ouviu Deus falar, imaginemos o que acontecia com os demais povos do mundo. Religiões falsas como o hinduísmo, que surgiu por volta de 1500 a.C; o budismo, fundado em 528 a.C; além do judaísmo, que surgiu, de acordo com a Bíblia, quando Deus chamou o patriarca Abrão para sair com o seu pai e o seu sobrinho, Ló, da sua terra, de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã, passando por Harã. Dali, o Senhor chamou Abrão, que estava com 75 anos de idade, e fez-lhe promessas maravilhosas de que ele seria “uma grande nação” e de que nele seriam abençoadas todas as nações da terra, e Abrão entrou na terra de Canaã (Gn 11.31,32; 12.1-5). Passados muitos anos, Abraão morreu, e Isaque e Jacó — respectivamente o seu filho e o seu neto — continuaram a sua missão de serviço íntegro a Jeová. Mas, por desígnio de Deus, o povo de Israel teve de buscar refúgio no Egito e lá passou mais de quatrocentos anos sendo duramente escravizado. O Senhor então levantou Moisés para libertar o povo e levá-lo à Terra Prometida. Ao longo dos séculos, o povo de Israel viveu a teocracia, o governo humano e a monarquia até chegar à “plenitude dos tempos”, quando Deus enviou Jesus, o seu unigênito filho, para remir os que estavam debaixo da Lei (Gl 4.4,5).
O Novo Testamento é a revelação última de Deus para o mundo. É a mensagem de salvação para toda a humanidade e para Israel, o povo escolhido. Sem dúvida alguma, é a mais graciosa e auspiciosa mensagem para todos os homens. Meditemos um pouco sobre essa grande verdade da parte de Deus, que trouxe o mais perfeito avivamento para o mundo.
II – O AVIVAMENTO EM ATOS DOS APÓSTOLOS
Os apóstolos já eram salvos desde que creram em Jesus e tornaram-se os seus seguidores fiéis, exceto o que o traiu. Poderiam ter continuado a evangelizar de imediato após a volta de Jesus aos céus, mas faltava-lhes algo de maior importância: o batismo no Espírito Santo, bênção de poder do alto, distinta da conversão: “[…] mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias”. O verbo ser está no futuro do presente: “sereis batizados”. Eles eram nascidos de novo, mas precisavam de poder para evangelizar após Jesus ausentar-se deles para os céus. Era a promessa do maior avivamento que a Igreja haveria de experimentar depois do retorno de Cristo aos céus.
III – O AVIVAMENTO NAS EPÍSTOLAS
O avivamento espiritual nos Evangelhos foi a chegada de um novo tempo para Israel e para o mundo inteiro. Infelizmente, Israel até hoje não entendeu o significado do nascimento de Jesus Cristo numa singela manjedoura nos arredores de Belém. Nas epístolas, vemos que o avivamento em Atos continuou expandindo- -se poderosamente desde Jerusalém, passando por toda a Judeia e Samaria, e chegou “aos confins da terra” (At 1.8). São vinte e uma as epístolas no Novo Testamento. Em todas elas podemos ver, clara ou implicitamente, a mensagem de avivamento trazida por Cristo Jesus.
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3. NO APOCALIPSE
O último livro da Bíblia (90–96 d.C.) tem uma mensagem singular sobre o fim dos tempos. Nele, vê-se a revelação do Cristo glorificado (1.1); a revelação de coisas passadas (1.19); a revelação de coisas em relação à Igreja (2–3) e em relação às nações (4-22). A grande mensagem do avivamento é o arrebatamento da Igreja, o tribunal de Cristo (2 Co 5.10) para a entrega de galardões e as Bodas do Cordeiro na união eterna entre Cristo e a sua Noiva (Ap 19.9); grandes eventos catastróficos globais, como juízo de Deus sobre a humanidade ímpia, que rejeita Cristo como Salvador, e a Grande Tribulação (Ap 7.13,14); depois dos sete anos, em que haverá no Céu o tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro em meio à Grande Tribulação, Jesus voltará em glória e será visto por todos os habitantes da terra (Ap 1.7). Jesus dará fim à Grande Tribulação e implantará o seu reino milenial:
O Milênio será um período literal de mil anos, e não uma utopia, como ensinam certos teólogos revisionistas da Palavra de Deus. No período milenial, Jesus governará a Terra, juntamente com sua Igreja glorificada, preparando-a para ingressar no “perfeito Estado Eterno”. (RENOVATO, p. 112.)
Sem sombra de dúvidas, no Milênio, o mundo viverá o maior avivamento de toda a história.
Texto extraído da obra Aviva a Tua Obra, editada pela CPAD.