Lição 13 – O Senhor está ali
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – SOBRE A CIDADE
II – SOBRE O NOME DAS DOZE TRIBOS
III – O SENHOR ESTÁ ALI
CONCLUSÃO
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Apresentar a cidade de Jerusalém no Milênio;
2. Elencar os nomes das doze tribos no Milênio;
3. Mostrar que a expressão “O Senhor está Ali” é o novo nome da cidade.
O livro de Ezequiel termina com as fronteiras da terra prometida, a partilha dos territórios entre as tribos de Israel e a Jerusalém milenial. Os limites geográficos são descritos em Ezequiel 47.13-20. O capítulo 48 começa com a partilha da terra entre sete tribos, as quais recebem como herança a parte norte (48.1-7), e as outras cinco tribos recebem a parte sul (48.23-29). O santuário, os sacerdotes, os levitas e o príncipe se localizam no centro (48.8-22). Esse novo plano lembra a partilha anunciada por Moisés em Números 34 e implantada por Josué depois de suas conquistas. As promessas de Deus feitas a Abraão concernentes à possessão da terra aos filhos de Israel não perderam a validade (Gn 15.7, 18-21; 17.8).
O profeta conclui o oráculo iniciado no capítulo 40 com a descrição da cidade milenial de Jerusalém (48.30-35). O livro de Ezequiel começa com a visão da glória de Javé Deus e conclui com a descrição da glória de Deus na Jerusalém glorificada. O profeta viu em visão a glória de Deus partindo e retornando depois da restauração de Israel e finaliza o livro com o próprio Deus no meio do seu povo. Encontramos abundantes dados cruzados em Ezequiel e Apocalipse, e ambos são revelações sobre o fim dos tempos. Ezequiel antecipa a tradição apocalíptica nas Escrituras. Não é possível compreender o livro de Apocalipse sem os oráculos de Ezequiel. O nome “O Senhor Está Ali” se explica porque no milênio toda a terra se converterá no lugar santíssimo do tabernáculo e do templo de Salomão.
[…] Apesar de o nome da cidade não ser mencionado, o contexto deixa claro que se trata de Jerusalém: São estas as saídas da cidade. O termo hebraico para “saídas”, tôtsāʾôth, do verbo yātsāʾ, “sair, vir para fora, avançar”, aparece somente uma vez em Ezequiel e é usado no livro de Números, traduzido por “saídas” (Nm 34.4, 5, 8, 9, 12, NAA, ARC, ARA), mas o sentido é de “limites, extremidades”. A Tradução Brasileira (TB) emprega “extremidade” no versículo 4, e não o termo nos versículos seguintes. Como o profeta usa outra palavra para “saídas” (42.11; 44.5), môtsāʾ, “ato de sair, local de saída”, muitos expositores do Antigo Testamento acham que “saídas”, apesar de semanticamente correto, não se ajusta bem nesse contexto. A ideia, segundo alguns, seria “estas são as extremidades da cidade”, mas “saídas” é a forma familiar e mais tradicional, mantida na Septuaginta e nas nossas versões da Bíblia.
A descrição da cidade de Ezequiel revela ser ela quadrada, porque a medida é igual nos quatro lados: “Estas serão as suas dimensões: o lado norte, de dois mil duzentos e cinquenta metros, o lado sul, de dois mil duzentos e cinquenta metros, o lado leste, de dois mil duzentos e cinquenta metros, e o lado oeste, de dois mil duzentos e cinquenta metros” (48.16). Nessa visão suplementar, ele fala de quatro lados descritos no sistema horário: norte, leste, sul e oeste, um tipo da Nova Jerusalém (Ap 21.16). A extensão de cada lado é de “quatro mil e quinhentas canas” (ARC, TB), ou “quatro mil e quinhentos côvados” (ARA). A cidade de Jerusalém, levando em conta todos os seus períodos históricos, nunca teve a sua área territorial e nem a sua arquitetura quadrada. O que o Profeta está revelando é algo novo até então, é uma figura da Nova Jerusalém do mundo vindouro
Texto extraído da obra A Justiça Divina, editada pela CPAD.