Lição 12 – Imersos no Espírito nos últimos dias
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – SOBRE O ASPECTO ESCATOLÓGICO
II – SOBRE A IMPLICAÇÃO PNEUMATOLÓGICA
III – SOBRE O CONTEXTO GEOLÓGICO DO VALE DO MAR MORTO
CONCLUSÃO
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Expor o aspecto escatológico do capítulo 47 de Ezequiel;
2. Apontar a implicação pneumatológica da profecia;
3. Descrever o contexto geológico do vale do Mar Morto.
Os capítulos 40 a 48 são partes de um mesmo oráculo e formam uma única unidade literária. Esses oráculos foram entregues ao profeta “no vigésimo quinto ano do nosso exílio, no princípio do ano, no décimo dia do mês, catorze anos após a queda da cidade de Jerusalém, nesse mesmo dia, veio sobre mim a mão do Senhor, e ele me levou para lá” (40.1). Trata-se de um retorno à visão original da margem do rio Quebar (1.1-3). A visão continua e essa data corresponde a 28 de abril de 573 a.C. Os 25 anos têm como ponto de partida o ano de 597 a.C., quando Javé entregou a Ezequiel os primeiros oráculos (1.2). Apesar de essa data ser a última do livro, não foi a última da carreira de Ezequiel, pois dois anos depois disso “a palavra do Senhor” veio ao profeta, “no vigésimo sétimo ano, no primeiro mês” (29.17). Quando esses oráculos foram organizados em forma de livro, os editores ou o próprio Ezequiel não os dispuseram em ordem cronológica.
Com essa visão do rio da vida em Ezequiel, retornamos à visão da visita às dependências do templo. Essa última unidade do livro pode ser dividida em três subunidades:
a) o novo templo (40.1–43.12);
b) a nova forma de adoração a Deus (43.13–46.24);
e, c) a nova partilha da terra entre as tribos (47.1–48.35).
A visão dessa última parte do livro é extensa e abrange muitos aspectos teológicos. Essa primeira seção do capítulo 47 é a continuação da visão do templo de Ezequiel (40.1, 2). A primeira parte dessa seção, os versículos 1-6, se concentra nas águas que fluem de debaixo do umbral do templo; e, à medida que essas águas sanadoras vão fertilizando as áreas estéreis do vale do mar Morto, seguem aumentando o seu volume até se tornarem um rio caudaloso. A segunda parte, os versículos 7-12, descreve o efeito milagroso dessas águas ao levar vida ao mar Morto e a toda a região do Arabá.
Já está claro que o livro de Ezequiel antecipa o aspecto apocalíptico nas Escrituras Sagradas. As quatro linhas de interpretação apocalíptica são preterista, idealista, histórica e futurista. Isso se aplica também ao livro de Apocalipse, mas o nosso enfoque é sobre Ezequiel. A escola preterista se relaciona exclusivamente aos acontecimentos contemporâneos do profeta, o contexto do cativeiro e destruição de Jerusalém, e exclui o futurismo, pois tais profecias teriam se cumprido no passado. Segundo o pensamento idealista, as visões de Ezequiel seriam símbolo e figuras para transmitir ideias ou simbologias. De acordo com a interpretação historicista, essas visões seriam um prenúncio dos acontecimentos históricos desde o cativeiro babilônico até o fim dos tempos. O futurismo é uma interpretação literal e inclui a linha historicista.
Texto extraído da obra A Justiça Divina, editada pela CPAD.