Lição 12 – Evidências de um fiel seguidor de Jesus
Você já assistiu a apresentação deste trimestre em nosso canal no Youtube? Acesse o link (https://youtu.be/dKyw9mBeKms) e veja o que preparamos para vocês neste trimestre.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio da semana. O conteúdo é de autoria da professora Telma Bueno.
INTRODUÇÃO
A lição deste domingo tem como propósito conduzir-nos a uma reflexão a respeito das evidências de um fiel seguidor de Jesus Cristo. Veremos que não basta apenas dizer que conhecemos a Jesus. Também não basta crer na sua história, pois o Inimigo de nossas almas também conhece o Deus Pai e o Deus Filho e estremece diante do seu nome (Tg 2.19). Ele, porém, não tem parte com Deus.
Evidenciar o fato de que Jesus é Senhor e Salvador exige mais que palavras e idas à igreja. A fé em Jesus deve ser revelada mediante as obras, ou seja, os frutos que produzimos, nosso caráter. As Escrituras Sagradas afirmam que são os frutos que identificam uma árvore. Frutos aqui não significam trabalho, mas ações, atitudes. Quais são os frutos que você tem produzido no Reino de Deus?
Nossa reflexão terá como base o texto bíblico da lição: 1 João 5.1-5. Uma leitura rápida do texto mostra-nos que não podemos amar a Deus e ser seguidores de Jesus Cristo se ignoramos o próximo. O amor precisa ser demonstrado em palavras e atitudes. Amor que não gera empatia e que não faz com que nossa mão seja estendida em direção ao próximo não é amor.
Veremos também que aqueles que já experimentaram o Novo Nascimento sabem amar como Jesus amou e, se tomaram, de fato, a decisão de seguir o Filho de Deus, um dia desfrutarão da vida eterna ao lado do Senhor.
I – O AMOR, A BASE DA FÉ
Vivemos num tempo em que se fala muito a respeito do amor e da falta dele, pois temos visto que, nos últimos dias, o amor de muitos, em especial pelo próximo, está como que se esvaindo. Falar a respeito desse sentimento tão nobre e que faz parte do caráter de Cristo já se tornou até piegas. Usamos muitas palavras, muitos conceitos e lemos muitos autores que tratam a respeito deste tema tão relevante para o Cristianismo. Mas o que estamos produzindo de verdade? Deus ama o conhecimento, mas é válido ficar somente no campo da teoria, das discussões e palavras vazias? O que temos feito de prático para evidenciar nossa fé e nosso amor?
Parece que o amor divino e o amor ao próximo tornaram-se algo subjetivo, distante da realidade que enfrentamos em nosso dia a dia, principalmente em nossa sociedade. Precisamos de informação e conhecimento. Contudo, o que não podemos aceitar é um conhecimento vazio, que não produz nada de relevante para a igreja e a sociedade em que se está inserido. Não podemos aceitar o conhecimento que não gera uma visão holística do ser humano. Jesus não se preocupou somente com a alma dos seus discípulos e ouvintes, em detrimento do bem-estar físico, mental e social deles. Aliás, Jesus não se ajuntou aos doutores da Lei do seu tempo e ficou discutindo ou filosofando a respeito do amor. Não! Ele viveu esse amor até os seus últimos momentos nesta terra. O seu amor abnegado foi comprovado por intermédio dos seus atos e das suas palavras. Ele não fez do Reino somente um tema a ser estudado. Jesus não viveu no campo da teoria. Ele fez! Fez por uma humanidade decaída, isto é, pessoas que não eram merecedoras de tanto bem.
Jesus Cristo não deu a sua vida em favor de nós para vivermos de maneira egoísta e egocêntrica. Precisamos tirar o foco do “eu”. Não viva somente pensando no futuro e dizendo que vivemos os últimos dias e que tudo de ruim que está acontecendo não pode ser mudado. Jesus falou que haveria guerras e rumos de guerras nos últimos dias, mas podemos orar pedindo paz para as nações e para nossa cidade. Não podemos ficar acostumados à miséria, à dor e ao sofrimento.
Nossa esperança de que um dia moraremos no Céu e de que tudo nesta terra acabará não pode gerar crentes inúteis. Precisamos ter cuidado, pois foi o próprio Jesus que nos alertou na continuação do sermão profético de Mateus 24: “Pois tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era forasteiro, e recolhestes-me; estava nu, e vestistes-me; enfermo, e visitastes-me; preso, e viestes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando te vimos faminto e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro e te recolhemos? Ou nu e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos visitar-te? O Rei responderá: Em verdade vos digo que, quantas vezes o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25.35-40, TB). Jesus estava dizendo que, quando deixamos de ajudar as pessoas e rejeitamos os necessitados, deixamos de ajudar ao próprio Senhor Jesus e estamos rejeitando-o.
Temos uma bendita esperança — Jesus voltará —, mas não podemos deixar de olhar para o hoje (o momento em que estamos vivendo). Quando nos preocupamos somente com o futuro, com os acontecimentos escatológicos, negligenciamos as necessidades do ser humano no presente.
Temos o costume de dizer que ganhamos “almas” para Jesus, mas, na verdade, pregamos o evangelho e não alcançamos apenas a alma, alcançamos pessoas. Indivíduos, sujeitos que têm as suas necessidades: necessidade de autorrealização, segurança, pertencimento, necessidade de comer etc. Jesus procurou suprir as necessidades daqueles que foram até Ele. Sabe por quê? Ele era o próprio amor encarnado. O Mestre alimentou a multidão faminta, libertou o gadareno, salvou a mulher que foi pega adulterando; Ele importava-se e via o ser humano como um todo.
Como discípulos de Jesus, temos uma missão: socorrer o homem no seu todo. Cristo não somente ofereceu às pessoas paz de espírito; Ele também curou o corpo, a mente, acolheu o desvalido, ofereceu pão, companhia, transformação de vida e deu a todos os que creram nEle alegria e uma nova e viva esperança.
O evangelho é um projeto divino e é por isso que ele é ímpar — alcança o indivíduo como um todo. E é também para todos. Jesus não excluiu ninguém. O seu ensino era inclusivo; contudo, Ele afirmou para a mulher adúltera e continua afirmando: “[…] vai-te e não peques mais” (Jo 8.11).
Uma conversão genuína a Cristo e uma espiritualidade saudável vão produzir frutos e nos levarão a olhar aqueles que estão vivendo na miséria social, moral e espiritual. É hora de evidenciarmos o caráter de Cristo vivendo o verdadeiro amor, que é aquele que o apóstolo Paulo descreve com tanta profundidade em 1 Coríntios 13.
Não adianta afirmar que é um discípulo de Jesus e não produzir bons frutos, não viver a fé em amor que o Reino de Deus exige. Uma das melhores formas de manifestar a fé e o amor por Jesus é mediante o exemplo pessoal. Jesus ensinou e viveu uma fé prática. Ser cristão é ter atitudes diferentes e melhores do que o não crente. É ser diferente; é amar quando ninguém mais ama; é acolher quando todos já mandaram partir; é dar uma nova chance mesmo que a pessoa não seja merecedora; é ser benigno; é acreditar sempre.
II – AS BASES DE NOSSO NOVO NASCIMENTO
O Novo Nascimento é uma das principais doutrinas da fé cristã. De acordo com Jesus Cristo, ninguém pode fazer parte do Reino de Deus se não nascer de novo (Jo 3.3). Contudo, temos visto na atualidade que muitos, embora se declarem cristãos, estão totalmente equivocados a respeito da doutrina da salvação, do novo nascimento e do Reino dos céus. O Evangelho de João apresenta-nos Nicodemos, um fariseu e líder dos judeus que também demonstrou não conhecer a respeito deste importante tema (Jo 3.1-4).
Precisamos ter a consciência de que não somos salvos mediante as boas obras que praticamos, mas a fé sem obras é morta (Tg 2.26). A salvação do homem só é possível mediante a fé em Jesus. É tão somente por intermédio da fé e da graça que podemos experimentar uma profunda transformação de vida, uma mudança radical que brota do interior e reflete no exterior em palavras e atitudes. Sem essa transformação operada pelo Espírito Santo, ninguém verá ao Senhor.
O Mestre, com muito amor e paciência, mostrou a Nicodemos que religião alguma tem condições de transformar o homem. Somente Jesus pode conceder-nos uma nova natureza mediante a fé no sacrifício vicário dEle, “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Observe o que nos diz Zuck a respeito do Novo Nascimento no Evangelho de João:
Encontramos a única menção explícita ao novo nascimento na conversa de Jesus com Nicodemos (3.1-21). Jesus fala a Nicodemos: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (v. 3). A réplica de Nicodemos: “Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?” (v. 4), indica que ele entendeu o comentário de Jesus na esfera humana, física. A interpretação errônea de Nicodemos fornece a Jesus a oportunidade de esclarecer o que queria dizer. Ele fala da necessidade de um novo nascimento espiritual, não de um segundo nascimento físico (vv. 6-8). A interpretação errônea e o esclarecimento resultante dela são refletidos em um jogo de palavras no versículo 3 (repetidas no v. 7). A palavra grega aõthen, traduzida por ‘novo’, na NVI, pode querer dizer ‘de novo’ ou ‘de cima’. Contudo, o fato de Nicodemos entendê-la com o sentido de ‘de novo’ leva-o a concluir que Jesus fala de um segundo nascimento físico, mas a resposta de Jesus, registrada nos versículos 6-8, mostra que Ele se refere à necessidade de um nascimento espiritual, um nascimento ‘de cima’. Esse novo nascimento não é resultado de nenhum ato humano (cf. v.6), é obra do Espírito Santo (v. 8). É necessária a atividade sobrenatural do Espírito de Deus para realizar esse novo nascimento espiritual no indivíduo. Ele não consiste apenas em percepção ou compreensão mais excelente, mas na completa transformação do indivíduo (cf. 2 Co 5.17).2
Por que precisamos nascer de novo? Por que tal assunto é tão relevante para o cristão? A resposta está em Romanos 3.23: “Porque todos pecaram […]” (Rm 3.23). As Escrituras Sagradas afirmam que a humanidade se encontrava morta, separada de Deus “em ofensas e pecados” (Ef 2.1). A universalidade do pecado é um tema doutrinário relevante e que pode ser encontrado tanto no Antigo como no Novo Testamento (Rm 3.10-12; Sl 51.5; 58.3). Sabemos que a morte e o pecado entraram no mundo por um único homem, Adão. O pecado de Adão, chamado de “pecado original”, passou a todas as pessoas; por isso, precisamos crer na morte vicária de Jesus Cristo para que venhamos “reviver espiritualmente”, ou seja, experimentarmos o Novo Nascimento. Você já teve uma experiência real com Jesus? Já experimentou o Novo Nascimento, ou está na igreja, mas é como Nicodemos? Este tinha um conhecimento teórico a respeito da Lei e dos sacrifícios do Antigo Testamento, mas não conseguiu compreender as palavras tão diretas e enfáticas de Jesus a respeito da transformação interior.
Infelizmente, já nascemos debaixo da maldição do pecado (Rm 3.23; 5.12), mas Jesus veio ao mundo para oferecer-nos a libertação do jugo do pecado e ofertar-nos a salvação. A salvação em Jesus Cristo não é herdada. Precisamos reconhecer que ela só pode ser alcançada mediante a graça e que é individual e pessoal. Por isso, os pais que são crentes precisam ensinar a fé cristã aos seus filhos. Precisamos receber a Jesus como Salvador pessoal se quisermos tornar-nos filhos(as) de Deus (Jo 1.12). Ninguém é salvo por pertencer a uma religião, ser membro de uma igreja, ou por simplesmente seguir algum tipo de tradição, por mais sincera que ela seja. O Novo Nascimento é um ato soberano da bondade divina que nos conduz à vida eterna. Observe o que nos diz Pecota a esse respeito:
O Novo Testamento apresenta a figura do ser criado de novo (2 Co 5.17) e a da renovação (Tt 3.5), porém mais comum é a de “nascer” (Gr. Gennaõ, “gerar” ou “dar à luz”), Jesus disse: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3). Pedro declara que Deus, em sua grande misericórdia, “nos gerou de novo para uma viva esperança” (1 Pe 1.3). É uma obra que somente Deus realiza. Nascer de novo diz respeito a uma transformação radical. Mas ainda se faz mister um processo de amadurecimento. A regeneração é o início do nosso crescimento no conhecimento de Deus, na nossa experiência de Cristo e do Espírito e no caráter moral.4
III – O QUE É A VIDA ETERNA
A vida eterna só poderá ser desfrutada por aqueles que passaram pelo Novo Nascimento e experimentaram uma transformação interior que somente o Espírito Santo é capaz de operar em nós. O Senhor deseja que todos venham alcançar a vida eterna, só que nem todos escolhem trilhar o caminho do Céu. Deus concedeu aos homens o chamado livre-arbítrio. É possível fazer escolhas, ainda que erradamente. Observe o que o pastor Antonio Gilberto fala a respeito da livre-escolha humana:
Na Bíblia temos tanto a predestinação divina como a livre-escolha humana, em relação à salvação; mas não uma predestinação em que uns são destinados à vida eterna, e outros, à perdição eterna. Mas a Palavra de Deus não apresenta uma livre-escolha humana como se a salvação dependesse de obras, esforços e méritos humanos. Os extremos nesse assunto é que são maléficos, propalando ensinos que a Bíblia não contém. A ênfase inconsequente à soberania de Deus no tocante à salvação leva a pessoa a crer que a sua conduta procedimento nada têm com a sua salvação. Por outro lado, a ênfase inconsequente à livre-vontade (livre-arbítrio) do homem conduz ao engano de uma salvação dependente de obras, conduta e obediência humanas.
[…] Um exame atento e livre de preconceito da Palavra de Deus mostra que, através da obra redentora de Jesus, Deus destinou de antemão (predestinou) todos os homens à salvação: “quem quiser, tome de graça da água da vida” (Ap 22.17). De acordo com João 12.32, todos podem ser atraídos a Cristo. Mas nem todos querem seguir a Cristo.5
Para alcançar a vida eterna, além de uma tomada de decisão, é preciso: crer naquilo que é de Deus; ter um relacionamento pessoal com Jesus e estar nEle (Jo 15.4). Observe o que significa estar em Cristo segundo a Bíblia de Aplicação Pessoal:
Estar em Cristo significa: (1) crer que Ele é o Filho de Deus (1 Jo 4.15); (2) recebê-lo como Salvador e Senhor (Jo 1.12), (3) fazer o que Deus diz (1 Jo 3.24), (4) continuar a crer nas Boas Novas (1 Jo 2.24) e (5) relacionar-se em amor com os demais crentes que formam o corpo de Cristo (Jo 15.12).6
Podemos ver no Novo Testamento o exemplo de homens e mulheres que tomaram a decisão de ir até Jesus. Alguns se entregaram a Ele sem restrições e assim tiveram a oportunidade de ter um encontro com o Salvador e nunca mais foram as mesmas pessoas. Aliás, ninguém sai da presença do Filho de Deus da mesma maneira como chegou. Sempre haverá um milagre, uma transformação, se a pessoa assim desejar.
Saulo, um perseguidor de cristãos, certo dia teve um encontro com Jesus perto da cidade de Damasco. Ao ouvir a voz de Jesus, ele, tremendo e atônito, declarou: “Senhor, que queres que faça?” (At 9.6). Saulo revelou que era preciso fazer uma escolha. Então, tomou a decisão de seguir a Jesus e, no fim da sua jornada, diante da morte, declarou: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fp 1.21). Paulo creu na vida eterna ao lado de Deus e por isso desfrutou de um relacionamento pessoal com Cristo, que o levou a tornar-se a figura mais importante do Novo Testamento depois do próprio Jesus Cristo.
Vejamos também o exemplo do jovem rico registrado em Lucas 18.18-30. O jovem foi até Jesus interessado na vida eterna, pois fez a seguinte pergunta: “Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?”. O jovem conhecia todos os mandamentos e tinha-os observado durante a sua mocidade (vv. 20,21). Jesus, porém, disse a ele que, para herdar a vida eterna, lhe faltava uma coisa: “[…] vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me” (v. 22). O jovem deveria fazer uma escolha: continuar com a sua fortuna ou herdar a salvação. A escolha foi feita, pois o coração daquele jovem já estava nas suas riquezas. Para herdar a vida eterna, é preciso crer naquilo que Deus é: Ele é suficiente em tudo em nossas vidas. Também é preciso um relacionamento mais íntimo com o Salvador. O jovem preferiu manter o seu “relacionamento” com a sua fortuna e com os prazeres que ela poderia proporcionar-lhe. Do que você precisa abrir mão para conhecer melhor a Jesus? O jovem precisava renunciar ao dinheiro, da fama e dos bens deste mundo. Infelizmente, ele tomou a decisão errada, preferindo aquilo que é efêmero: as riquezas deste mundo.
Nicodemos também teve que tomar uma decisão: conhecer Jesus pessoalmente ou desagradar os fariseus. Ele sabia que somente Jesus teria as respostas certas para as suas dúvidas; então, tomou a decisão de ir ao encontro de Jesus, ainda que durante a noite (Jo 3.2). Ele tomou a decisão e ouviu falar a respeito do novo nascimento. Não podemos afirmar se ele se tornou um cristão, nascido de Deus, mas certamente ele não saiu daquele encontro da mesma forma.
A mulher samaritana teve um encontro transformador com Jesus e ali, junto ao poço, tomou uma decisão, a mais importante da sua vida. Logo de início, a samaritana não reconheceu Jesus como o Salvador. A princípio, ela viu Jesus apenas como um homem judeu (Jo 4.9). Depois de certo tempo, à medida que o diálogo ia aumentando, ela reconheceu ser Jesus um profeta (Jo 4.19). Depois de certo tempo, Jesus revela-se àquela mulher de reputação duvidosa e que já tivera cinco maridos dizendo que Ele era o Messias (v. 26). A mulher creu e tomou a decisão certa: decidiu seguir a Jesus e beber da água da vida. A fé da mulher samaritana foi logo evidenciada depois da sua conversão. Após o seu encontro com Jesus, ela vai até a cidade e evangeliza as pessoas dizendo
Deus deseja que todos venham a Ele, mas somos nós que decidimos se queremos ou não estar perto dEle. Você já parou para pensar que, para oferecer-nos a vida eterna, Jesus, o Filho de Deus, também fez uma escolha? Sim! O Salvador escolheu a forma humana, escolheu renunciar, ainda que temporariamente, a glória que desfrutava junto ao Pai a fim de fazer-se carne, habitar entre nós e morrer por nossos pecados. O Filho de Deus veio ao mundo e esvaziou-se da sua glória para que fôssemos livres do jugo do pecado e, um dia, pudéssemos desfrutar da eternidade ao seu lado. o que o Salvador havia feito na sua vida: “E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito (Jo 4.39).
É importante ressaltar que o Senhor criou o homem para desfrutar de uma vida plena nos céus e na terra (Jo 10.10; 11.25,26) e que toda escolha terá as suas consequências, sejam boas, sejam ruins.
Antes da decisão de qualquer ser humano, precisamos entender que o projeto do Pai era que as suas criaturas estivessem para sempre ao seu lado. Entretanto, o homem pecou, e com o pecado veio a morte, a separação de Deus. Então, Jesus é o único caminho para o Céu (Jo 14.6). Sem Ele não haveria esperança para a humanidade, pois não teria salvação e, consequentemente, a vida eterna. Mas o que seria a vida eterna? Observe o que nos diz o pastor Claudionor de Andrade a esse respeito:
Suprema bem-aventurança dos que recebem a Cristo como o Salvador e Senhor de suas vidas. Galardão dos galardões: representa o maior dos anseios do ser humano: estar permanentemente ao lado de Deus.
A vida eterna não implica apenas em quantidade, mas principalmente em qualidade: além de o homem viver indefinidamente ao lado de Cristo, desfrutará de todos os benefícios de uma existência sumamente feliz e inefável.7
CONCLUSÃO
Cristo pagou um alto preço pela nossa redenção, pois Ele nos amou (Jo 3.16). Graças a esse amor, um dia desfrutaremos da vida eterna. A obra de Cristo foi consumada no Calvário. Tudo o que Ele poderia ter feito em nosso favor foi realizado. Agora cabe a nós tomarmos a decisão de seguir a Cristo, experimentando o novo nascimento, ou andarmos segundo nossa própria vontade e pensamento, afastando-nos de Deus e da vida eterna ao seu lado. O que você escolhe?
2 ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008, pp. 245,246.
4 PECOTA. Daniel B. A Obra Salvífica de Cristo. Teologia Pentecostal: uma Perspectiva Pentecostal. 21.Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p. 372.
5 GILBERTO, Antonio. Teologia Sistemática Pentecostal: Soteriologia, a Doutrina da Salvação. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 369.
6 Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1451.
7 ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário de Teologia. Rio de Janeiro: CPAD, p. 358.
Para conhecer mais a respeito dos temas das lições, adquira o livro do trimestre: Imitadores de Cristo: Ensinos Extraídos das Palavras de Jesus e dos Apóstolos. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.