Lição 10 – A Sutileza contra a prática da mordomia cristã
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – CONHECENDO O EVANGELHO DA BARGANHA
II – A DOUTRINA BÍBLICA DO DÍZIMO SOB ATAQUE
III – A DOUTRINA BÍBLICA DA MORDOMIA CRISTÃ
CONCLUSÃO
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Expor o equívoco do Evangelho da barganha;
2. Mostrar que a doutrina bíblica do dízimo está sob ataque;
3. Afirmar a doutrina bíblica da mordomia cristã;
Tanto o Antigo como o Novo Testamento demonstram que Deus reconhece e recompensa a fidelidade do seu povo. Quando o crente é liberal em contribuir para o Reino de Deus, uma decorrência natural do seu gesto é a bênção da multiplicação dada pelo Senhor. Deus promete derramar bênçãos sem medida e fazer abundar em toda graça (2 Co 9.6-10). Malaquias relaciona a prosperidade do povo de Israel à devolução dos dízimos e das ofertas (Ml 3.10,11). O mesmo princípio é destacado em o Novo Testamento quando Paulo diz que Deus é poderoso para fazer abundar em toda graça aqueles que demonstram voluntariedade em contribuir para o Reino de Deus.
O vocábulo dízimo quer dizer “a décima parte”. No contexto bíblico, refere-se àquilo que é devolvido ao Senhor, quer em dinheiro, quer em produtos e bens (Pv 3.9). Já a oferta tem o sentido de contribuição voluntária. O que deve ficar claro é que a Lei mosaica não criou as práticas do dízimo ou das ofertas, mas apenas deu-lhes conteúdo e forma por intermédio das diversas normas ou leis que as regulamentaram. Tal verdade fica patente ao constatar que o ofertar já era uma prática observada nos dias de Abel (Gn 4.4), e que o dízimo já era praticado pelos patriarcas (Gn 14.20; 28.22). No período mosaico, o dízimo aparece como preceito de um princípio já existente no período patriarcal. Os preceitos mudam e até desaparecem, todavia, os princípios são imutáveis e permanentes. De acordo com a Lei de Moisés, os dízimos deveriam ser entregues aos sacerdotes para a manutenção do culto e para o sustento dos levitas já que estes não tinham possessão em Israel (Nm 18.20-32).
Há aqueles que supõem que a prática do dízimo estava restrita ao Antigo Testamento. Esses precisam entender que a natureza e os fundamentos do culto não mudaram. Mudou apenas a forma e a liturgia, mas não a sua função: a adoração a Deus deve ser em espírito e verdade! O culto levítico com seus rituais já não existe. Todavia, o princípio da adoração continua o mesmo (1 Pe 2.9). O dízimo levítico pertencia à ordem de Arão, que era transitória. Entretanto, o dízimo cristão pertence à ordem de Melquisedeque que é eterna e, portanto, anterior à Lei de Moisés (Hb 5.10; 7.1-10; Sl 110.4). Jesus não veio ab-rogar a Lei, mas cumpri-la (Mt 5.17). Ele não apenas reconheceu a observância da prática do dízimo, mas a recomendou (Mt 23.23). Nas Epístolas, Paulo faz referência ao dízimo levítico para extrair dele o princípio de que o obreiro é digno do seu salário (1 Co 9.9-14; Lv 6.16,26; Dt 18.1). Se o apóstolo não reconhecesse a legitimidade da prática do dízimo, jamais teria usado esses textos do Antigo Testamento.
Texto extraído da obra Os Ataques contra a Igreja de Cristo, editada pela CPAD.