Lição 8 – A Sutileza do enfraquecimento da identidade pentecostal
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O PENTECOSTES BÍBLICO
II – O DISTINTIVO PENTECOSTAL DE NOSSA IGREJA
III – MANTENDO A CHAMA PENTECOSTAL ACESA
CONCLUSÃO
A presente lição apresenta três objetivos para os professores:
1. Conceituar o Pentecostalismo Bíblico;
2. Identificar o distintivo pentecostal de nossa igreja;
3. Conscientizar a respeito da manutenção da nossa identidade pentecostal.
Na lição do próximo domingo, estudaremos a respeito de alguns ataques que a identidade pentecostal vem sofrendo e que tem gerado o seu enfraquecimento. Alguns desses ataques são velados e sutis, vindo, às vezes, daqueles que deveriam zelar pelo fortalecimento da nossa identidade pentecostal.
O pastor José Gonçalves, comentarista das Lições Bíblicas Adultos, chama a nossa atenção para a evidência do falar em línguas como nossa identidade pentecostal:
“A doutrina da evidência inicial ou as línguas como sinal do batismo no Espírito Santo é um distintivo do avivamento da rua Azusa que foi impresso sobre o pentecostalismo clássico. Na verdade, o que distingue o pentecostalismo clássico de outros ‘pentecostalismos’ é justamente a doutrina da evidência inicial. Para os pentecostais clássicos, que têm nas Assembleias de Deus a sua representante principal, o falar em outras línguas é o sinal físico do recebimento do Espírito Santo.
Convém destacar que no passado o pentecostalismo sempre esteve sob ataque. Hoje não é diferente. Esse ataque vai desde os que consideram os fenômenos pentecostais como falsificação, histeria e até mesmo possessão demoníaca. Alguns outros simplesmente os ignoram por não acreditarem na atualidade dos dons espirituais. Por outro lado, há aqueles que já se deixaram convencer pelos fatos da validade e atualidade dos dons espirituais, contudo, negam que o batismo pentecostal seja evidenciado pelo falar em línguas. Neste capítulo vou expor como os pioneiros viam a doutrina da evidência inicial e como eles a ensinaram.
Convém dizer que a doutrina da evidência inicial ou o sinal do batismo no Espírito Santo é um distintivo das Assembleias de Deus. Nesse aspecto, a doutrina das línguas como evidência aparece em todos os códigos doutrinários das Assembleias de Deus.
Assim,
1. Declaração de Verdades Fundamentais das Assembleias de Deus americanas, 1916:
O batismo dos crentes no Espírito Santo é testemunhado pelo sinal físico inicial de falar em outras línguas conforme o Espírito de Deus lhes dá capacidade de falar. Atos 2.4. O falar em línguas neste caso é o mesmo em essência que o dom de línguas (1 Cor. 12.4-10, 28), mas diferente em propósito e uso.
2. Declaração de Verdades Fundamentais das Assembleias de Deus britânicas, 1924:
O batismo no Espírito Santo, a evidência inicial do qual é o falar em outras línguas. At 2.4; At 10.44-46; At 11.14-16; At 19.6.2
3. Doutrinas das Assembleias de Deus Independentes Internacionais — Scandinavian [Independent Assemblies of God International]
O batismo do Espírito Santo é subsequente à regeneração e é evidenciado pelo falar em línguas. O Espírito Santo capacita os crentes a viverem vidas santas.
4. Cremos das Assembleias de Deus no Brasil, 1969
No batismo bíblico com o Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial do falar em outras línguas, conforme a sua vontade. At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-6.
Um fato que pode ser observado é que tanto Vingren como Berg quando vieram para o Brasil acreditavam e defendiam a doutrina da evidência inicial. Eles viam o falar em línguas como o sinal do Pentecostes. Se as convicções teológicas de Vingren sobre a glossolalia foram formadas a partir do contexto teológico de Chicago, o mesmo não aconteceu com seu amigo Daniel Berg. A convicção de Berg sobre o fenômeno glossolálico se deu por intermédio de Lewi Pethrus na Suécia. Berg conta que, em 1909, quando em seu retorno à Suécia para passar férias, foi visitar seu amigo de infância Levi Pethrus, que nessa época já havia sido convencido por Barratt de que as línguas eram o sinal ou evidência do batismo no Espírito Santo.”
(GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo: As sutilezas de Satanás nesses dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp. 92-93.)