Lição 2 – A Grande Mudança, de Perseguidor a Perseguido.
Leitura Bíblica: Atos 9.3-9,17
A mensagem: “Eu, Paulo, escrevo esta carta — eu que fui chamado para ser apóstolo, não por pessoas ou por meio de uma pessoa, mas por Jesus Cristo e por Deus, o Pai, que ressuscitou Jesus da morte” (Gálatas 1.1).
Objetivos:
• ENSINAR quem foi Paulo;
• MOSTRAR como o encontro com Jesus transformou a vida de Paulo;
• DESTACAR a importância de ter um coração aberto para Deus.
Professoras e Professores,
A Paz do Senhor Jesus!
Separamos para complementar o seu estudo, um texto do Pr Elienai Cabral. Leia atentamente e compreenda todos os aspectos da perseguição que Saulo comandava contra os cristãos. Inclua essas informações na sua aula, no momento em que você achar mais adequado.
I. SAULO DE TARSO, O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL
1. Saulo se descreve como “blasfemo”, “perseguidor” e “opressor” (1Tm 1.13). Como um fariseu fanático, Saulo tinha a convicção de que seu papel era destruir a fé cristã, matando e prendendo os seguidores de Jesus. Sua postura arrogante o fazia ser truculento, usando grande violência contra pessoas simples, homens e mulheres, sem qualquer compaixão. Ele acreditava piamente que, com esse comportamento, estava agradando a Deus. Apoiado pela casta sacerdotal que odiava o nome de Jesus, Saulo usava dos meios legais para atacar os cristãos. Por causa de sua truculência, os seguidores de Jesus tiveram que fugir para outras cidades. O perseguidor “respirava ameaças e morte” contra os discípulos de Jesus (At 9.1) e, por isso, não via problemas em prender e arrastar presos para Jerusalém os que professavam o nome do Nazareno (At 9.2).
2. As ameaças de Saulo de Tarso. A expressão “respirando ameaças e morte” (At 9.1) descreve Saulo, de maneira figurada, como uma fera selvagem que ameaça sua presa. No texto de Atos 9.21, o perseguidor era visto como um exterminador, pois conduzia os cristãos às prisões, além de permitir que fossem açoitados. Ele não poupava ninguém que seguisse a doutrina de Cristo.
3. Por que Saulo perseguia os cristãos? Os motivos que levaram Saulo a se tornar um perseguidor inclemente contra os seguidores de Cristo, eram o zelo destrutivo pela Torah e o suposto fato religioso de que Jesus talvez fosse um “blasfemo”. Para Saulo, o anúncio de que um crucificado pudesse ser o Messias prometido pelos profetas do AT era um escândalo. Ora, quem fosse suspenso no madeiro (cruz), de acordo com a Lei, estava sob a maldição divina (Dt 21.23). Por isso, nosso Senhor não passava de um blasfemo para Saulo. Mais tarde, por ocasião de sua conversão, ele descobre que Cristo assumiu a maldição da Lei e, por isso, nos livrou dessa maldição (Gl 3.13).
II. A PERSEGUIÇÃO CONTRA A IGREJA DE CRISTO
1. Contra os seguidores de Jesus. A perseguição de Saulo contra Jesus era uma perseguição contra a Igreja, o Corpo de Cristo, uma instituição divina. Ao passo que ele “respirava ameaças e morte” (At 9.1) contra os seguidores de Cristo, sua intenção era acabar de vez com “a Igreja”. Ao atacá-la, Saulo atingiu as pessoas que representavam Cristo, dentre as quais havia um homem arguto, defensor do nome de Jesus e cheio do Espírito Santo, cujo nome era Estevão.
2. Saulo de Tarso e Estevão. Se por um lado Saulo era um erudito que chamava atenção, devido à sua cultura judaica, greco-romana e autoridade na Torah, Estevão era um erudito do Judaísmo com uma grande capacidade do Espírito para confrontar ideias contrárias aos ensinos de Jesus (At 6.9,10; 7.2-53). O primeiro mártir da Igreja era um homem cheio do Espírito Santo, conhecedor profundo da história de seu povo e da teologia judaica. Por isso, quando apontava para Jesus Cristo como clímax da revelação redentora para o mundo, o fazia com autoridade.
O discurso inflamado de Saulo, e respaldado pelos oponentes dos seguidores de Jesus, deparou-se com outro discurso, mas este proveniente da sabedoria do Espírito (At 6.10). Essa autoridade espiritual de Estevão atraiu a ira dos inimigos de Cristo (At 6.5,11; 7.55). Por isso, com o pleno consentimento de Saulo (At 8.1), eles o apedrejaram até a morte (At 7.59,60). Mas se por um lado eles mataram Estevão; por outro, potencializaram a mensagem do primeiro mártir da Igreja.
3. Uma intolerância religiosa e política contra a igreja atual. A igreja atual continua a despertar fúrias de certas autoridades políticas e religiosas que não aceitam a mensagem de liberdade e vida que o Evangelho proporciona. Nossos irmãos, que servem a Deus em países políticos e religiosamente fechados para o Evangelho, continuam a pagar, com a própria vida, a fidelidade à mensagem de Cristo. Oremos pela igreja perseguida!
Boa aula!
Lembre-se, a missão não pode parar!
Fonte: Revista Lições Bíblicas, 4º Trimestre de 2021, Lição 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.