Lição 12 – O Livro da Revelação
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. SIGNIFICADO DO NOME E AUTORIA
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. TEMA CENTRAL E CARACTERÍSTICAS
OBJETIVOS
SABER o significado da palavra Apocalipse;
CONHECER a autoria, o assunto e as principais características do livro;
REFLETIR sobre a esperança que o livro nos traz.
Querido (a) professor (a), conhecer o livro das últimas coisas é primordial para que o juvenil aprofunde o seu conhecimento bíblico e estimule o desenvolvimento da sua fé. Nesta lição, os juvenis verão apenas uma perspectiva sobre o livro de Apocalipse. Passaremos a apresentar as características deste livro da Bíblia que é recheado de mistérios e revelações sobre o futuro da Igreja e as últimas coisas que acontecerão.
Apresentamos, a seguir, algumas características deste livro que conclui o Novo Testamento e revela a vitória final e permanente obtida pelo Rei dos reis e Senhor dos senhores. O livro de Apocalipse é a conclusão perfeita e inevitável da revelação Divina.
Características
É interessante notar que das 916 palavras diferentes encontradas no texto grego de Apocalipse, 416 delas também são encontradas no quarto Evangelho, 98 ocorrem apenas em outras passagens do NT, enquanto que 108 não são encontradas em nenhuma outra parte no NT. Palavras significando “ver”. “perceber” etc., ocorrem aproximadamente 150 vezes neste livro. As vezes João registra o que ouve, mas de uma forma geral o apóstolo registra aquilo que ele vê. É estimado que em seus 265 versículos estejam contidas 550 referências a informações do AT, incluindo 79 a Isaías. O livro em si faz, com frequência, um paralelo exato, e completa as profecias do livro de Daniel.
Os primeiros três capítulos de Apocalipse dizem respeito às sete igrejas da Ásia, à maneira como elas existiam até o final do século I. A visão da atividade celestial registrada nos caps. 4 e 5 não possui um fator de tempo específico. Começando com o cap. 6, porém, são profetizados acontecimentos que não ocorreram nesta terra. Quaisquer que possam ter sido as tentativas de diferentes comentadores, como por exemplo, de identificar o gafanhoto saindo do abismo no cap. 9, nenhuma catástrofe mundial desse tipo ocorreu envolvendo os números mencionados neste texto sagrado. “E o número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões” (9.16). O governo do Anticristo no cap. 13 não deve ser identificado com qualquer acontecimento do passado, nem com a batalha do Armagedom.
Portanto, este é um livro que está principalmente relacionado com eventos que ainda estão por vir, com as terríveis destruições e tribulações que ocorrerão no final desta era, com a segunda vinda de Cristo, com o Milênio, com o tribunal do Grande Trono Branco, e com o nosso lar eterno no céu.
O Apocalipse, acima de cada um dos outros livros da Bíblia individualmente, é um livro de alcance mundial. Nele ocorrem frequentemente frases como, “muitos povos, e nações, e línguas, e reis” (10.11; 11.9; 17.15). Quando os reis são apresentados, eles são frequentemente citados como os “reis do mundo inteiro” (16.14; 17.2,18; 18.9; 19.19). Sobre Satanás é dito que ele é “o sedutor de todo o mundo”, ou aquele “que engana todo o mundo” (12.9). A besta do mar recebe “poder [ou autoridade] sobre toda tribo, e língua, e nação” (13.7,8). Cristo por fim reinará sobre “os reinos do mundo” (11.15).
Embora o livro de Apocalipse seja um livro de vitória final gloriosa e permanente, ele é ao mesmo tempo um livro de constantes conflitos até o final de suas profecias. E significativo que palavras como “rei” “reino”. “governo”, “trono”, “conquista”, *poder”, “guerra”, “matança”, “matar” sejam usadas tanto em referência a Cristo, como a Satanás e ao Anticristo, e também aos outros inimigos de Deus. Embora haja 38 referências ao trono de Deus de 1.4 a 22.3, Satanás tem um trono (2.13; 13.2), e a besta também (16.10). A palavra “matar” (gr. apokteinoo) ocorre mais frequentemente aqui do que em todo o restante do NT reunido. O cavaleiro no cavalo amarelo matou com a espada, com a fome, e com a morte (6.8,11; veja também 9.15,18). As testemunhas em Jerusalém foram mortas pela besta (11.7); mas no final do livro, na batalha do Armagedom, “os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo” (19.21). Na última parte do livro é mencionada uma guerra no céu (12.7); uma besta que possuía grande poderio militar (13.4); os reis da terra que guerrearam contra o Cordeiro (17.14); e o próprio Cristo em um cavalo branco, sobre o qual foi dito. “O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça” (19.11). Às vezes, os inimigos de Deus vencem os santos de Deus (11.7; 13.7 etc.). Mas estes poderes são por fim derrubados, e para todos os crentes de todas as idades é feita uma promessa: “Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram a sua vida até à morte” (12.11).
A
o estudar este livro, e ao tentar separar seus diversos períodos e tipos de atividade, note que há aqui uma sequência alternada de cenas no céu e na terra. Assim, a descrição do Filho de Deus no céu nos caps. 4 e 5 é seguida pelos juízos dos seis selos sobre a terra. A segunda cena no céu (7.9-8.5) é seguida pelos juízos das sete trombetas. A voz do céu registrada no cap. 10 é seguida pelos terríveis eventos dos caps. 11-13. Esta sequência de atividade no céu seguida de juízos na terra apresenta enfaticamente duas grandes verdades que o céu sabe de antemão o que ocorrerá na terra, e o que é decidido no céu é o que deve ocorrer na terra. Ao longo de todo o livro, um fato é continuamente enfatizado. Deus “tem posto em seu coração que cumpram seu intento, e tenham uma mesma ideia, e que deem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus” (17.17).
Dentro do contexto destas cenas celestiais, está uma série de 14 hinos extraordinários entoados no céu (4.8; 4.11; 5.9,10; 5.12; 5.13; 7.10; 7.12; 11.15; 11.16,17; 14.3; 15.3,4; 19.1,2; 19.3-5; 19.6-8). Estes hinos são cantados por diferentes grupos, e dizem respeito a vários temas. Às vezes, dirigidos a Deus; às vezes, a Cristo; e, às vezes, a ambos.
(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 153-154).
Deus abençoe a sua aula e seus alunos.