Lição 9 – Jesus me ensina a verdadeira felicidade
Objetivo: Que o aluno compreenda que a verdadeira felicidade é fazer a vontade de Deus.
Ponto central: A felicidade verdadeira está em fazer a vontade de Deus.
Memória em ação: “Felizes as pessoas que têm fome e sede de fazer a vontade de Deus.” (Mateus 5.6a)
Querido (a) professor (a), na nossa próxima aula, vamos abordar um tema de alto interesse global. Sob diversas perspectivas, religiosas ou não, muito é especulado sobre a incessante busca pela felicidade. Ainda mais agora, em tempos de pandemia, quando o pós-isolamento social evidenciou tantas questões emocionais intrínsecas à complexidade humana. Antes de concluirmos tal reflexão com respostas prontas – embora saibamos que a principal está em Deus –, para o preparo dessa aula, sugerimos que você reflita de forma individual e aprofundada sobre o assunto.
Você, professor(a), já parou para pensar no que é felicidade? A SUA felicidade? Para responder essa pergunta a maioria das pessoas lista o que nos “ensinam” que precisamos alcançar para sermos consideradas pessoas “bem-sucedidas”.
Isso porque, não é de hoje, a sociedade estabelece padrões do que é felicidade. E inconscientemente vamos aceitando sem questionar. Para ser feliz é preciso: ter faculdade, ter um ministério próspero na igreja, ser bem empregado, ter uma casa própria, um carro, ótimo salário, fazer viagens, ser casado, ter filhos… Como se a vida fosse um call center infinito de metas a bater.
Veja bem, não que seja errado desejar estas coisas. O erro está na crença equivocada de que só é possível ser feliz SE e QUANDO as alcançar. Aí está a cilada, a receita para adoecer a alma: ansiedade, depressão, síndrome do pânico e tantas outras enfermidades que hoje preocupam a OMS, pois como uma epidemia vão se proliferando em especial no Brasil.
Apesar dessa cobrança social existir – e muito – até mesmo dentro das igrejas, ela é totalmente contrária à Bíblia. Primeiro, porque Deus nos criou ÚNICOS. Isso implica em sermos diferentes. Logo, o que faz a Fulana feliz pode não ser a mesma coisa que deixa a Beltrana feliz. Mesmo parecendo óbvio, muitas vezes não nos ensinam assim. Pelo contrário, somos condicionados a pensar e agir como um objeto de produção em série, tendo que se adequar a um padrão pré-estabelecido, tanto para a imagem física, quanto para essa social, que projetamos para os outros.
Contudo, tenha certeza de uma coisa: você é divina! Foi o Todo-Poderoso quem criou cada peculiaridade nessa combinação única de características que compõem você! E não dá para reduzir todo um ser infinito, elaborado a imagem de seu Criador, a um estereótipo. Somos bilhões no mundo. A indústria promove essa unificação limitante para as suas propagandas com o fim de obter maior lucro. Divide assim o mundo em “públicos-alvo”, enfiando goela abaixo o que todos devem desejar, fazer, vestir, gostar, comprar…
Este “checklist da felicidade” além de exaustivo é antibíblico também, pois comumente gera inquietação, murmuração, cobiça perversa e comparação. Quando em Eclesiastes, no terceiro capítulo, está escrito: “Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu”. Esse “tempo” e “propósito” não são nivelados nem mesmo no reino animal, nem mesmo entre as plantas, que dirá para a primícia da criação: VOCÊ!
O tempo de nascer, crescer, morrer e qualquer outro não ocorre simultaneamente para todos os indivíduos. Portanto, não existe idades pré-estabelecidas para cada conquista de vida humana. Enquanto uns com trinta anos se graduam numa universidade, outros retornam aos estudos no supletivo; uns montam o próprio negócio, outros vão à falência; alguns até se aposentam aos trinta; há quem se torne pai; quem perca um filho; os que iniciam e os terminam um relacionamento; há quem descubra uma doença terminal no mesmo momento em que outros se curam e celebram o milagre…
O mais importante é entender que nenhuma dessas coisas significa que uns são melhores ou piores do que os outros, mais ou menos amados por Deus. Simplesmente significa que são e possuem histórias diferentes. Respeite a sua e a dos outros não as comparando!
Cada um está em um momento único, de acordo com os propósitos singulares do Eterno para a sua própria jornada. Medite nessa reflexão, ore e apresente ao Senhor os seus sonhos, as questões que estão a entristecendo de alguma maneira. Será que não são por se comparar? Ou por querer algo fora do tempo ou propósito divino para a sua vida agora?
Sabemos que muitas são as aflições dos justos e que vivemos em um País de muitas desigualdades, corrupções, injustiças… Entretanto, acima de todas essas coisas há um Deus que é Todo-Poderoso e rege a sua vida! Portanto, até as dificuldades mais cruéis só chegam a sua trajetória com um propósito maior do Senhor. Como o próprio Jesus disse: “Até os fios dos cabelos de vocês estão todos contados. Não tenham medo[…]” (Lc 12.7).
Examinemos a nós mesmos e aos nossos caminhos, pois a felicidade verdadeira pode ser peculiar e diferente para cada indivíduo, mas a base dela é sempre a satisfação de conseguir ser e viver plenamente aquilo que o Criador projetou especialmente para cada um de nós.
Você, professor (a), tem a valiosa oportunidade de ser um instrumento do Pai para transmitir desde já esses preceitos tão valiosos aos seus pequeninos. Que eles não precisem passar por todas as dores que passamos, para aprender o que arduamente aprendemos: A completude, felicidade e contentamento verdadeiro do ser criado só pode ser alcançado no seu Criador!
O Senhor abençoe você e a sua classe. Boa aula!