Lição 10 – As Profecias Despertam e Trazem Esperança
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – OS PROFETAS MAIORES
II – OS PROFETAS MENORES
III – O LIVRO DO APOCALIPSE
CONCLUSÃO
A presente lição apresenta três objetivos para os professores:
1. Destacar as atuação ministerial de Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel;
2. Conhecer o período e a região geográfica de atuação dos Profetas Menores;
3. Entender o propósito e a mensagem do livro do Apocalipse;
Na lição atual, estudaremos a respeito da mensagem profética e o seu propósito de despertar o povo de Deus, gerar arrependimento ao penitente, fortalecer e produzir esperança aos fiéis. Por isso, a profecias despertam e trazem esperança ao leitor.
Para aprofundar o sentido da profecia e, consequente, sua relação com os profetas, considere o seguinte texto:
Os Profetas e a Profecia
A palavra grega prophetes significa proclamador e intérprete da revelação divina. No hebraico, a palavra mais frequente é nãbi, como sendo aquele que declara uma mensagem em nome de Deus. Gordon Fee conceitua os profetas como sendo “os mediadores, ou porta-vozes de Deus, no tocante à aliança. Através deles, Deus relembra às pessoas nas gerações depois de Moisés que, se a Lei for guardada, haverá bênçãos como resultado; senão, seguir-se-á o castigo”.1 Em vista disso, os profetas tinham acesso à presença dos reis, ofereciam-lhes assessoramento e, quando necessário, até censuravam os seus atos (Is 37.5-7; 2 Sm 12.7ss). Os profetas são identificados como servos do Senhor (1 Rs 14.18; 2 Rs 9.7; 17.13; Jr 7.25). A Bíblia registra que Deus falou muitas vezes e de várias maneiras por meio dos profetas (Hb 1.1). O termo grego empregado para profecia é propheteia, com o significado de “a declaração da mente e do conselho de Deus”. O Dicionário Vine enfatiza que “a profecia não é necessariamente, nem mesmo primariamente vaticinadora […] é a descrição antecipada da vontade de Deus, quer com referência ao passado, presente ou futuro (Gn 20.7; Ap 1.19)”.2 A atividade profética na Bíblia tem a sua origem em Deus e a difere do “profetismo” das demais religiões. A profecia nas Escrituras é a manifestação do Espírito com o propósito de proclamar os desígnios divinos, exortar e levar o seu povo à obediência e à fidelidade com Deus e a sua Palavra. O desenvolvimento da história profética em Israel é usualmente dividido como “profetas não escritores” e “profetas escritores”, ou “não literários” e “literários”. Essa divisão abrange os profetas do período pré-mosaico, mosaico, período de Samuel, do reino unido e do reino divido.3 Nesse aspecto, nossa abordagem enfoca os “livros proféticos” do período literário, a composição e a data aproximada4 das profecias dos denominados “profetas maiores” e “profetas menores”. Como já visto no capítulo 4, essa classificação difere da coletânea hebraica, porém, sem prejuízo de conteúdo, autenticidade e canonicidade.
NOTAS
1 FEE, Gordon D.; STUART, Douglas. Entendes o que lês? São Paulo: Vida Nova, 2001, p. 155.
2 VINE, W. E. Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p 902.
3 SOARES, Esequias. O Ministério profético na Bíblia: a voz de Deus na terra. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 18.
4 A data dos livros proféticos, bem como o período do ministério dos profetas, é alvo de muita disputa acadêmica. As datas apresentadas nesta obra são aproximadas e retratam o consenso da erudição ortodoxa.
Texto extraído da obra:
BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: : A Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.49,53.