Lição 9 – Deus levanta profetas
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. MOVIMENTO PROFÉTICO
2. TIPOS DE PROFETAS
3. A MISSÃO DOS PROFETAS
4. OS FALSOS PROFETAS
OBJETIVOS
DESCREVER o surgimento e o ofício dos profetas, registrados na Bíblia;
DISTINGUIR os verdadeiros dos falsos profetas;
REFLETIR sobre a missão dos profetas.
Querido (a) professor (a), como tem passado? Sabemos que muitas são as aflições dos justos, mas o Senhor os livra de todas (Sl 34.19). Que essa certeza o fortaleça junto à provisão de Deus para tudo o que precisar!
No próximo domingo, vamos dar seguimento ao nosso estudo do Antigo Testamento, dando ênfase aos profetas. Como pentecostais, nós cremos na atualidade dos dons espirituais e que o dom de profecia continua sendo para a Igreja da atualidade. Que grande privilégio saber que o Todo-Poderoso nos ama tanto que levanta profetas, a fim de falar conosco, nos corrigir, fortalecer e direcionar.
Você, como professor(a) de Escola Dominical, tem a oportunidade e responsabilidade de ser boca de Deus em sua classe, indo além do conteúdo da revista. Peça ao Espírito Santo para falar por meio de sua aula, responder orações, exortar e orientar cada juvenil, de acordo com a sua maravilhosa vontade. Assim como o apóstolo Paulo, incentive os seus alunos a buscarem o dom de profecia. Leia 1 Coríntios 14.1 e reforce que a orientação do apóstolo para os crentes de Corinto é a mesma para cada um de nós, de buscarmos com zelo os dons espirituais e em especial o de profecia. Sempre com o máximo temor e discernimento, a fim de que não falemos de acordo com a vontade da carne, mas sim pela vontade de Deus. Da mesma maneira, cada um de nós busque sabedoria do alto para não cair em falsas profecias.
Abaixo segue o comentário do pastor Alexandre Coelho para a revista Lições Bíblicas Jovens, esclarecendo as diferenças etimológicas em torno da palavra profecia nos originais das Sagradas Escrituras.
1. Profeta, dom ou ministério? A profecia é uma mensagem espontânea da parte de Deus para a sua Igreja ou para indivíduos, com o objetivo de edificar, consolar, exortar e revelar o futuro. A pregação da Palavra de Deus, considerada por muitos teólogos como uma profecia, tem por base Efésios 4, onde Paulo apresenta os chamados dons ministeriais, ou seja, aqueles talentos que o Senhor confere a determinadas pessoas, como por exemplo, apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. Neste caso, profetas aqui são equiparados àqueles que pregam a Palavra de Deus.
2. A pregação da Palavra de Deus. A palavra pregação, na língua do Novo Testamento, é kerygma , e traz a ideia de proclamação por um arauto. Kerygma é a proclamação, e keryx , o mensageiro. Esta palavra não aparece no capítulo 14 de 1 Coríntios, o capítulo que fala a respeito da profecia no culto público. Portanto, não há que se considerar que o profeta de 1 Coríntios 14 é aquele que prega a Palavra de Deus, pois o texto não traz a ideia de uma exposição dos escritos do Antigo Testamento, que era a Bíblia dos primeiros cristãos. A palavra para pregação e suas derivadas, kerygma , aparecem em textos como Mateus 9.35, com Jesus ensinando nas sinagogas e pregando o Evangelho do Reino. Aparece em Marcos 16.15, com Jesus ordenando aos discípulos que preguem o Evangelho. Aparece também em Romanos 10.14, em “como ouvirão, se não há quem pregue”. Nesses textos vemos com clareza que a pregação não é descrita como profecia, mas como a proclamação de uma mensagem.
3. A profecia trazida pelo Espírito Santo. Enquanto a pregação é uma proclamação, um anúncio, a palavra profeteia traz o significado de profecia. Não se trata aqui de pregação, mas de uma efetiva palavra da parte de Deus ao seu povo para a edificação, exortação, consolação e revelação do futuro, na língua corrente dos falantes.
Nem sempre a pessoa que traz a profecia é literalmente chamada de profeta, mas suas palavras são identificadas como profecias. Esses são os casos em que Jesus profetizou que Jerusalém, a cidade que matava os profetas e apedrejava aqueles que Lhe eram enviados, seria destruída (Lc 13.34); e que Pedro negaria o Senhor três vezes (Mt 26.34). Outros textos já qualificam o falante, como nos dois casos de Ágabo, em Atos. Ágabo, um profeta de Jerusalém, “dava a entender, pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César” (At 11.28). Esta profecia fez com que irmãos de Antioquia enviassem socorro aos irmãos que habitavam na Judeia. Esse mesmo Ágabo, em Atos 21, foi a Cesareia, onde Paulo estava, e advertiu-lhe que ele seria preso se fosse a Jerusalém (vv.10-13), profecia que se cumpriu (At 21.33). Ele não é chamado de arauto, o keryx , mas de profeta, profetés (At 11.27).
O Senhor o abençoe e capacite! Boa aula.